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Sessão 1^ 4 de Maio de 1920

O Sr. Queiroz Vaz Guedes (interrom-. pendo): —E inabalável a minha resolução de apresentar a renúncia da presidência da referida comissão de inquérito.

O Orador:—Dizia eu que a simplicidade do juízo do país c de molde a envolver todos nós.

Demais, não se compreende que parlamentares inquiram actos de parlamentares, nestas condições.

(j Pois então eu ó que hei-de ir inquirir actos da minha família, pessoas a quem estou ligado por amizade e a quem devo solidariedade?

Bem sei que há pessoas nesto país que não poderão duvidar das boas intenções da comissão, mas o que ó certo ó que a maior parte, a de raciocínios mais simples, não julgará assim.

• O melhor seria esta Câmara incumbir este inquérito a uma comissão de juizes do Supremo Tribunal, que julgasse neste caso dos actos dos parlamentares.

O Sr.'Augusto Dias da Silva (interrompendo) : — Isso é duvidar da honorabilidade dos Srs. Deputados. ,

O Orador: — Com certeza V. Ex.a não ouviu bem o que eu disso. Digo que não ouviu bem, porque faço justiça à sua inteligência, e, para ser justiceiro,' devo dizer que os seus ouvidos não são maus."

'Eu-disse que de facto existem pessoas que" fariam justiça, mas a grande parte avalia o incêndio pelo fumo, e como se tenríeito muito fumo julgam que aqui lavra um grande incêndio. • Sinto que não estejam presentes os representantes do Grupo Parlamentar Popular.'

Se alguém tenta levantar-se neste. Pais que se levanto pelo esforço próprio e não procure amesquinhar aqueles que também têm honorabilidade. Não é. por se dizer aqui: nós somos virtuosos, o nosso passado ó sério e de trabalho, que o País nos acredita; não é pregando aesta Cá-m ATA a. minha honorabilidade que alguém acredita nela, há-de ser poios factos do meu passado, pelas afirmações do pre-sonte- e pelas garantias que eu dó para o futuro.

^ o que se fo:<_2 floral='floral' fumo='fumo' de='de' nid='nid' foz-sa='foz-sa' i='i' muito='muito' j='j' joo='joo' l='l' palavras='palavras' o='o' p='p' um='um' mds='mds'>

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Sr. Presidente:, creio que toda a Câmara se manifestará no sentido dos Deputados xlo Grupo Popular voltarem aos seus lugares, mas, se particularmente, eu posso exprimir a minha opinião, e muito particularmente a manifesto, direi que compreendo'que tenham abandonado as èuas cadeiras o Sr. Cunha Liai, o Sr. Jorge Nunes e todos aqueles Deputados que estão sendo acusados.

Para bem de quem? Para bom deles mesmos, porque, perante o País, elos só estarão bem julgados, alheando-se o desin-torpssando-se complotamente das investigações, das apreciações e ato do julgamento. E só depois elos viriam demonstrar, com provas cabais, a sua inocência, pulverizando a calúnia que lhes foi levanr-tada.

Compreendo, pois, a situação especial desses Srs. Deputados, no lugar deles" faria o mesmo; mas, por outro lado, será bem justa a homenagem da Câmara, se lhe for prestada, instando para que reassumam os seus lugares!

Este facto indicará que a Câmara não acredita nas acusações que lhes foram feitas e assim S. Ex.as devem dar-se por satisfeitos. (Apoiados).

Tenho dito.

O Sr. Álvaro de Castro: — Sr. Presidente: parece-me que a Câmara , ficou deveras incomodada com a saída dos De-putados do Grupo Popular.

Nesáa conformidade,, creio que não. devemos prosseguir nos nossos trabalhos sem que, como é costume, se façam a"s ãémarches necessárias para que eles regressem aos seus lugares.

Seria inconveniente que uma questão' destas, que tem levantado tanta celeuma, fosse levada a uma solução sem a presença daqueles Srs. Deputados e, muito especialmente, daqueles que têm referências nos papéis enviados para a Mesa pelo Sr. Vaz Guedes.

Por estas razões, mando para a Mesa uma moção que passo a ler:

Considerando quo a Câmara não pode ser indiferente ao facto dos Deputados do Grupo Popular terem abandonado u aala úâtà sesHoos pelay razoes morais invocadas, pL'opoiiiio que b