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Sessão de 18 de Maio de 1920

atenção de S. Ex.a para o estado em que se encontram as estradas do distrito de Évora.

Nessa ocasião eu pedi providências acerca da estrada distrital n.° 195, que depois de concluída deve ligar Évora a Portei, na qual já se tem gasto inutilmente alguns milhares de escudos.

Já tem duas pontes, uma delas empedrada. Fez-se um ramal ferroviário de .Évora a Mora; e uma povoação que o comboio visita e que pela sua importância é uma vila chamada o Cabeção vê, durante o inverno, o caminho de ferro por um óculo, porque uma ribeira no tempo da chuva toma muita água e im--pede que as pessoas que precisam dirigir-se à estação do caminho de ferro o possam fazer.

Esta gente pede para que se faça o estudo e orçamento da estrada que vai deste ponto à estação do caminho de ferro, pois que, o Governo assim o entender, prontificam-se a fazer a estrada por sua conta.

Creio que esta é muito fácil e de toda a justiça, tratando-se demais a mais, como se trata, de uma terra que tam perto está da estação.

Espero, pois, quê o Sr. Ministro da Instrucção Pública transmita ao seu cola do Comércio as considerações que eu acabo de fazer sobre o assunto.

Para um outro desejaria chamar a atenção do Sr. Ministro do Comércio, mas como S. Ex.a não está presente, peço igualmente ao meu ilustre amigo o Sr. Ministro da Instrução Pública o obséquio de lhe transmitir as considerações que vou fazer e que dizem respeito à linha férrea de Évora a Reguengos.

O assunto, Sr. Presidente, foi já aqui tratado no tempo da monarquia pelo Sr. Joaquim Rojão e depois por meu irmão, quando Deputado às Constituintes.

O que ó facto é que o orçamento então, feito e por pessoa competente, importava em 500 contos; porém, as circunstâncias mudaram, e verifica-se depois que são necessários mais 270 contos que com os ÒOU a que já me referi, perfaz 770 contos. Até hoje, porôm, já se gastaram 1:000 contos e os trabalhos ainda não estão concluídos.

Creio, Sr. Presidente, que seria de toda a conveniência que físsos trabalhos se

concluíssem, tanto mais na situação em que .nos encontramos, em que todos dizem que necessário é produzir muito, para o quê necessário é que haja meios de transporte.

Já se gastaram, repito, 1:000 contos, se não mais, e para conclusão da linha de muita conveniência seria que o Sr. Ministro do Comércio desse as suas ordens no sentido de para ali ser enviada uma máquina, mesmo que pequena fosse, o que auxiliaria muito e maior impulso daria à sua construção que tam necessária sê torna.

O Sr. Presidente:—Eu devo observar a V. Ex.a que está infringindo o artigo 70.° do novo Regimento, visto que já está falando além da hora marcada pelo dito artigo e que é apenas de dez minutos.

Vozes: — Fale, fale.

0 Orador:—Agradeço à Câmara o obséquio de me deixar falar; mas pouco mais tenho a dizer sobre o assunto.

Eu devo dizer a V. Ex.a e à Câmara que a única comunicação que existe entre Évora e Reguengos é a estrada distrital n.° 20, havendo dias em que ali se não recebe o correio, o qual é feito pelos carros que costumam transportar o paixe.

Posso garantir à Câmara que não há outro meio de transporte.

Não há outra estrada para transporta os cereais e esta encontra-se no estado mais desgraçado.

1 E vêem dizei que é preciso produzir! . . .

Quando chegar o verão e for necessário transportar o trigo e o azeite que se produz lá, os carros que terão que transportar estes géneros a Évora partir-se hão, como há anos sucedeu a tantos, ao terem que caminhar por cima de verdadeiros precipícios que lá há!

Se o Sr. Ministro, nessa ocasião, for a Évora, terá ensejo de ver carros partidos, sem as respectivas parelhas que foram procurar auxílio a qualquer ponto, para carregar o trigo e as pipas de azeite que ficaram na estrada,,