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Sessão de 24 de Maio de 1920

importante para o nosso país ter lugar nesse conselho, vejo-me em dificuldades para pbtê-la.

A este respeito, outro caso de que me parece interessante também fazer sciente à Câmara, é o seguinte:

Em Inglaterra uma comissão, de que fazem parte todos os reitores das suas Universidades, e aiqda figuras' políticas de tanto relevo, como Asquith, seu presidente, e Lloyd George, vice-presidente, deliberou erigir, em memória do grande químico William Ramsey, uma obra que consistirá na criação dum grande instituto para o estudo da química industrial.

Para que a comemoração fosse digna do sábio que tantos serviços prestou à causa da sciência, deliberou a comissão que a subscrição aberta para o fim em vista fOsse internacional, convidando, portanto, todos os países do mundo civilizado.

Além d[ssp, as nações que p desejassem mediante determinada anuidade, pp-deriam fazer admitir no instituip os indivíduos que pretendessem frequenter ps seus cursos.

Nestes termos, íqi p Governo Português, por intermédio do nqsso Ministro em Londres, oficialmente cpnyidadp a concorrer para a subscrição.

Pois, Sr. Presidente, não, obstante p convite, p Governo Português é o único que ainda não respondeu, tendo ? por exemplo, a Suíça contiibuídp já com 9"00'libras."

Qutro caso ainda, Sr. Presidente: há um mês realizpu-se em Veneza uma ex-ppsição internacional de pintura, sem dúr vida a mais importante e de maior signi-fipaçãp artística de toda a Eurppa.-

Õ Ministro de Portugal em Roma conseguiu, animado de sentimentos dp mais elevado patriotismpj que naquela exposição se destinasse a Portugal um payiíhãq especial, Foi isto, sem clúvida, para nós uma honra, a c^ue ps nossos artistas saberiam corresponder fazendo representar--se condignamente, uma vez que ppssuj-inos pintprcn capazes de rivali^nrfvm o.nm os mais ilustres do estrangeiro, j Pois não puderam fazô-lo, por não haver possibilidade de dispor-so de verba para tal efeito í

Kesultou, assim? dos osíbrcon do Ministro de Portugal OM Morna que Portugal

se não fez representar, e, em lugar de auferirmos a vantagem dignificante de termos representação nessa exppsiçãp? passamos pela vergonha de ficar deserto o pavilhão português.

O Sr. Brito Camacho : — £ V. $x.a pode garantir-me de que à Socieda.de Nacional de Belas Artes foi comunicada a existência dum pavilhão destinado à representação portuguesa?

O Oradqr: — Eu não tepho culpa disso.

O Sr. Brito Camaçhiq :—EJu não .disse que a culpa era do Ministro. A culpa fqi do Ministério da Instrução ou dos Negócios Estrangeiros, e culpa grande, porque quem po.de afirmar que essa spciedade/ se tivesse conhecimento, pão dispensaria a subvenção .do Estado?

O Orador: — Como todos sabem, eu te-*nho a mais alta consideração por V. Ex.^7 o mais elevado apreço pela sua mentalidade, a maior admiração pelo interesse que. Y. Ex.* põe sempre em todas as .questões que possam envolver prestígio para o nosso pais i o que vou dizer não representa por isso o intuito de contrariar a V. Èx.»

A verdade é que não posso acreditar que a Sociedade" Nacional de Belas Artes pudesse dispor de qualquer verba para se fazer representar na exposição de Veneza.

Ainda há dois meses houve em Lisboa uma exposição de pintura belga numa das salas dessa Sociedade...

Q Sr. Presidente: — Faltam apen s 15 minutos para se encerrar a sessão. V. Èx_a deseja terminar o seu discurso ou ficar com a palavra reservada para amanhã?

Yoz.es.: — Fale., falp.

D - Orador: — Se V. plx.a me à& licença, eu termino.