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Sessão de 25 dê Maio de 1920

nientes para a Câmara e tendentes principalmente a que fossem apresentados sem demora à nossa apreciação. Desde essa data por diante tenho feito várias solicitações às pessoas encarregadas de os relatar, e não fazia sentido que aquelas que já os tinham relatado numa época anterior fossem dispensadas de os relatar agora. Talvez que me veja obrigado por afastamento dalguns Srs. Deputados a pedir a outros da mesma agremiação política a substituí-los.

Há manifestamente um equívoco, não da minha parte, mas;da parte do Sr. Ca-niarate de Campos. È certo que me dirigi a S. Ex.a para lhe pedir que relatasse, não o orçamento do Ministério do Comércio, mas o da Agricultura, por o considerar em circunstâncias especiais de o fazer, atenta a sua aproximação com o Sr. João Luís Eicardo.

' Seja como for, o certo é que tendo-me S. Ex.a declarado que não teria grande empenho cm relatá-Jo, eu só o podia eri-caríegar de relatar o orçamento de qualquer outro Ministério, desde que a pessoa que estivesse incumbida de o fazer se dispensasse de tal trabalho. A não ser assim eu praticaria uma incorrecção que S. Ex.a seria o primeiro, estou certo, a não desejar.

Se, porém, por quaisquer circunstâncias os orçamentos tivessem de ser novamente distribuídos, eti veria com bastante agrado o Sr. Camarate de Campos aceitar a incumbência de relatai um desses orçamentos, dada a sua qualidade de membro do Partido Republicano Reconstituinte.

O orador não reviu,

O Sr. Camarate de Campos: — Ouvi com toda a atenção as considerações que, em resposta às minhas declarações de há pouco, acaba de fazer o ilustre Deputado o Sr. António Maria da Silva.

Afirmou S. Ex.a que havia um manifesto equívoco da minha parte, mas eu posso afirmar a S.'Ex.a que, se equívoco houve, ele foi da sua parto e não da minha, jporquanto os factos só passaram quando o Sr. João Luís Ricardo ainda ora Ministro da Agricultura. Foi logo após a apresentação dos orçamentos polo Poder Executivo que o Sr. António Maria da Silva só me dirigiu u pedir para relatar o do Ministério do Comércio,

conforme o podem testemunhar vários Srs. Deputados que estavam presentes nessa ocasião, entre eles o Sr. Alberto Jordão.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva:—Rela-rnente foi nessa época, mas quási todos os relatores de orçamentos passaram duris para outros. Se como V. Ex.a afirma, nessa altura, o convidara para relatar o orçamento do Ministério do Comércio, foi porque houvera, certamente, o intuito de fazer qualquer troca.

O Orador não reviu.

O Sr. Godinho do Amaral:—Em nome da comissão de caminhos de ferro, mando para a Mesa uni parecer.

Vai adiante por estrato»

O Sr. Eduardo de Sousa:—Se pedi a palavra para uin negócio urgenlo foi para chamar a atenção do Sr. Ministro das Finanças para um assunto q"e reputo da máxima importância no actual momento. Refiro me à questão da falta de fósforos. Com efeito, pode dizer-se que eles desapareceram completamente do mercado.

O consumidor não encontra fósforos de qualidade nenhuma, dizendo os depositantes que os não tem para vender, por isso que a Companhia lhos não fornece.

O que eu vejo, Sr. Presidente, é qd.0 sucede agora em larga escala, e para todas as qualidades de fósforos, o que em tempos sucedia apenas com os íósforos ordinários de enxofre, vulgarmente conhecidos por lumes de espera galego. Agora, porOm, nem os há de espera galego nem de espera português (Risos), pois que a Companhia não fornece os seus depositantes nem com uns nem com outros.

Eu, Sr. Presidente, tenho ainda aqui uma caixa que me resta de uma dúzia delas que preventivamente comprei em tempos. E para esta caixa chamo a atenção do Sr. Ministro das Finanças, por isso que, ao contrário do que a lei estipula, ela não tem indicado o numero de fósforos que devia cuiiter, indicação esta que a Companhia ó obrigada a pôr em todas as caixas do fósforos do seu fabrico.