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Diário da Câmara dos^Deputados

Disse que era necessário uma administração honesta.

Disseram que estavam dispostos, e quero tomar como boas as suas palavras, a cumprir os seus cumpromissos, mas estou certo que só concordariam com o reduzir o que lhes convêm, e nas medidas que lhes tirem o menos possível.

Conheço-os como os meus dedos e não cultivo a sua acção nem o seu dinheiro e sei o que valem.

Não é de aceitar a proposta

Assim, nós arripiamos caminho naquela obra que tinha criado quando com sacrifício fui ocupar as cadeiras do Ministério das Finanças, dizendo nBsta Câmara que não podia haver facciosimos políticos, a respeito das necessárias medidas, porque isso seria o mesmo que dizer que qualquer de nós tinha um elixir, que só era

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Não é esse o fim que devemos ter em vista.

Não é essa obra preconizada por todos os países que têm comprimido as despesas, e nos quais, apesar de serem países onde se administra bem, é assustador o quadro das despesas.

Nós não fazemos isso; a propósito de todas as cousas e de cousa alguma, nós pomos questões políticas, fugindo das questões financeiras e económicas, quando a política delas devia estar inteiramente arredada.

E, assim é que, nós que vínhamos preconizando em data anterior, mas mais intensamente depois de Monsanto, processos inteiramente diversos, estamos na sessão de 1920, estamos em Maio f. o o que ó que registamos em relação aos tempos em qne havia orçamentos decretados ? A mesmíssima posição.

Quando se fala em criar receitas, toda a gente em Portugal se assusta e põe como problema aquilo que. eu denomino o princípio do menor esforço.

Precisamos sair do castelo em que nos colocámos de que podemos viver toda a

vida sem procurarmos angariar meios suficientes para a nossa manutenção, julgando que esses meios jamais se esgotarão.

Esta questão foi posta, como disse, com urgôucia e dispensa de Regimento, o que motivou os reparos levantados pelo Sr. Ferreira da Rocha, que aliás colhem até certo ponto.

j Os próprios Estados Unidos daAmóri-i ca do Norte, com vida desafogada sob o ponto de vista financeiro, e que podem perfeitamente seguir os processos europeus, estão discutindo se ó melhor o caminho da tributação sobre o capital.

O Sr. .Ferreira àa Rocha : —

O Orador: — Não vence, repito, porque os sábios que o têm discutido, só o tem ilustrado com as suas considerações, e o seu sistema, embora seja absolutamente defensável, é só atacado pelos conservadores retintos da escola inclivi-| dualista, como muito bem disse o Sr. Ferreira da Rocha.

A insuficiência desta proposta do Sr.

do que lucros o capital, é porque ele não tinha riuni grande número de casos outra forma de tributar esses lucros senão pelo que preconiza a sua proposta, (Apoiados).

Em Inglaterra, sabem-no V. Ex.as bem e os meus colegas, o Estado não desiste de perceber aquelas importâncias que já percebia desses mesmos lucros provenientes da guerra.

Mais ainda, Chamberlain assevera necessária a sobretaxa sobre os mesmos lu-

cros.

O Sr. Ferreira da Rocha :-

imposto de rendimento.

Sobre o

O Orador: — Tsto é certo, declarando até que tinha tomado o compromisso, numa interpelação que lhe tinham feito, de não criar impostos novos.