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Sessão de 28 de Maio de 1920

menos, aumentar as importâncias do que dizia e pensava a comissão respectiva.

O pais tinha de ter maior tributação, e a criação de novos impostos era absolutamente fundamental.

Curioso é qne no regresso ao Parlamento Lo}7d George declarou, bem como Chamo erlain, que era absolutamente necessária essa medida. O programa do Governo Inglês consistia em fazer muitas economias, diminuir muitas despesas, isto em 1919, extinguiu alguns dos chamados Ministérios da Guerra, não facultar empréstimos aos aliados e todo um conjunto de medidas, todas muito interessantes, que constam do Memorandum publicado para todo o povo inglês ter conhecimento das condições em que se achavam as suas finanças.

O Sr. Ferreira da Rocha:—.Conheço o documento a que V. Ex.a se refere.

Nele não encontra V. Ex.a que se tenha falado na sobretaxa do imposto de lucros de guerra; no imposto de rendimento, sim.

O Orador:—Quando V. Ex.a quiser, poder-lhe-ei facultar documentos que mostram que o Ministro Inglês pretendia ou preconizava esse imposto.

O Sr. Ferreira da Rocha:—Se V. Ex.a aqui quisesse propor o plano de contribuições inglês, eu aprová-lo-ia imediatamente.

O Orador:— Aqueles q\ie dizem ser necessário antes de mais nada reduzir as despesas a 50 por cento, continuam alguns jornalistas ingleses a assegurar que é preciso não, contar com isso para resolver o problema financeiro.

Embora façam a compressão das suas despesas, em alguns departamentos, como Chamberlain no seu, queixam-se de que os funcionários são insuficientes.

O Sr. Ferreira da Rocha:—Veja V. Ex.as as economias realizadas pela Inglaterra, com respeito à força pública, após a guerra, e compare-as com as nossas.

O Orador: — O assunto ó sem dúvida interessante e esta discussão do modo alguni fez mal ao Governo, pois o Sr. Ministro

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das fFinanças não apresenta a sua proposta como uma obra inteiramente isenta de defeitos.

vS. Ex.a, disse-o mesmo com a lialdade que o caracteriza, com a preocupação apenas de que nos encontrássemos todos unidos para dar remédio a uma situação que se não é para pânico, — £ e porquê o não havemos de dizer, se na própria Inglaterra a palavra foi já empregada ? — não é para optimismo, tanto mais que para nós este problema reveste ainda uma maior gravidade, e nós achamo-nos sempre possuídos de um optimismo que nos cega.

Uma voz :—Há muito tempo.

O Orador:—Sem dúvida, mas convêm citar o passado para nos emendarmos e não para exercermos retaliações, e não como disse ha pouco, para a propósito destes assuntos estabelecermos uma divisão entre nós.

Tem passado por aquelas cadeiras, várias pessoas e dos diversos partidos e realmente deve-se dizer que esta Câmara não lhe tem dado por vezes os elementos que eram absolutamente necessários para poderem fazer obra útil.

Porquê ?

Por essas mesmas retaliações políticas que noutros países eu não vejo existirem entre homens que defendem o mesmo regime e que se devem, pelo nienos, mútuo respeito, e que de modo algum se compreende que haja entre nós que para o estabelecimento do actual regime contribuirmos.

O Sr. Aboim Inglês:— Nunca devia ter havido.

O Orador:—Bastantes vezes, antes e depois de ser Ministro, ultimamente fiz vários apelos a todos os grupos políticos com. representação nesta casa do Parlamento, apelos absolutamente sinceros, feitos em situações, em momentos e com palavras que quem me conhece bem sabe que não procurava iludir o rneu pensamento.