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Sessão de 9 de Junho de 1020

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Eduardo VII. Sei também que a Câmara se prontificou a fazê-lo, desde que lhe pagassem determinadas quantidades de areia e de cal, cuja extracção já se achava feita, e sei, ainda, que o irmão do S. Ex.a apresentou uma proposta ao Conselho de Administração para que lhe fossem cedidos trinta contos a título de adiantamento.

A proposta apresentada para a aquisição de tilolo não incluía o juro^ o era feita tam à ligeira que nela se dizia assim : «por mês a fábrica dará 9 contos, sendo 3 de lucros». Como isto se não justificava, o Conselho de Administração recusou-a, e fez uma fábrica no Arco do Cego que está a produzir tejolo por metade do preço do mercado.

Quanto às madeiras, tenho o desprazer de afirmar que S. Ex.a cometeu uma flagrante ilegalidade, embora—e eu sou o primeiro a reconhecê-lo—na melhor e mais louvável das intenções. O regulamento diz que os fornecimentos ato 10 contos são da competência do Conselho de Administração, mas que os fornecimentos superiores a essa quantia s6 podem ser autorizados pelo Ministro. Ora tendo S. Ex.a adquirido oitenta e tantos contos de madeira, sem ouvir o Ministro, praticou uma manifesta ilegalidade. Tenho aqui os documentos.

Há ainda um caso muito interessante. S. Ex.a fez um concurso para a aquisição de seis mil fechaduras inglesas e vinte o cinco mil trincos a uma firma da nossa praça, concurso que sendo garantido por uma casa bancária, revestia todas as condições de seriedade; |>ois apesar disso, essa aquisição hão se realizou.

O Sr. Dias da Silva:—-

O Orador: — Eu não sei. Diz-se que esse fornecimento, não convinha à firma em questão.

Vou terminar, Sr. Presidente, visto não ter mais que responder ao Sr. Deputado Dias da Silva, pedindo à Câmara...

O Sr. Brito Camacho: -^V. ífix.a pada dizer-me quanto se tem gasto até hojo com as obras dos Bairros Sociais?

O fí/raâor:—Ato 23 de Abril estavam gastos 1:508 coutos, quo juntos aos 800

contos que recentemente foram levantados, do v em perfazer um total de cerca de 2:300 contos.

O Sr. Brito Camacho: — ,jE quantas habitações estão em condições de receber inquilinos?

O Orador: — Nenhuma.

O Sr. Brito Camacho: —

O Orador: — Termino, Sr. Presidente, pedindo à Câmara urgência e dispensa do Kegimento para a proposta que envio para a mesa, tendente a modificar o actual regulamento dos Bairros Sociais.

Tenho dito.

O aiscurso será publicado na integra quando, revisto pelo orador, restituir, revistas, -as notas taquigráficas .

O Sr. Dias da Silva: — Peço a palavra.

O Sr. Presidente : — Pelo Regimento da Câmara, sempre que se trate duma interpelação, tanto o Deputado interpelante como o Ministro interpelado têem direito a usar duas vezes da palavra. Como porém já são horas de se passar à segunda parte da ordem do dia, consulto a Câmara sobre se concede a palavra ao Sr. Dias da í^ilva.

Consultada a Câmara, foi autorizado.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Dias da Silva.

O Sr. Pedro Pita: — Eequeiro a contraprova.

O Sr. Dias da Silva: — Sr. Presidente: eu folgo imenso . . .

O Sr. Pedro Fita: — Eu requeiro a contraprova.

. O Orador : — Sr. Presidente : eu é quo tenho a palavra. Sussurro.

Yoses : — Falo? fale. Protestos,

O St- Presmeuto:-— Chamo a aícncfio