O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessáo dê 9 de Junho de 1920

valentia, o que não nego, segue-se que devem ser abolidas todas as distinções existentes das fardas que indicam as di-versidades dos serviços ou funções das diferentes classes dos serviços militares ou navais? Ora deixemo-nos dessas puerilidades íautejòulescas e ocupemo-nos de assuntos doutra monta, mais importantes para os interesses do país, que todos temos o dever de defender é zelar.

Dê resto, já que do... óculo sé trata, e haja quem defenda o ponto de vista de que, tendo havido oficiais dás chamadas classes não combatentes da armada que se teia portado galhardamente em guerra como se combatentes de verâad fossem, todas essas classes, em atenção a esses tais devem ser contempladas também com o óculo na fatiota, eu preganto, Sr. Presidente, se àqueles oficiais quê se eximiram a ir para a guerra, ê que hão eram propriamente combatentes, devem também gozar dás honras do ... óculo, como se.tairi heróis fossem como os outros ! Ora, valhá-nos_Deus, Si*. Presidente... . De resto este assunto, visto tratar-se duma questão disciplinar dê marinha; devia tfaíar-se, como rêqueri, só .estando presente o, respectivo Ministro. Espero; pois, que S. Ex.a esteja presente, pois que desejo ouvir a opinião de S. Êx.a acerca desta palpitante questão. Depois, consoante ela fôf, de novo voltarei ou não a ehtretef-me com este assunto.

, O Sr. Eduardo de Sousa: —Sr. Presidente: alongado vai já este debate, mais até do que o preciso para que o assunto se repute suficientemente esclarecido. Serei breve", por isso.

Eu fui um daqueles poucos Deputados que à Biblioteca foram examinar de perto a sua interessante e preciosa exposição, qile bem se poderá cnamar uma .verdadeira exposição da incúria nacional.

ítealmente a Biblioteca está a arder, com aí se tem dito e repetido insistentemente, e de há muito. Necessário é, portanto, que de. pronto se lance mão de meios profícuos ê eficazes para que esse incêndio seja, só não extinto, pelo menos o mais possível atenuado.

 crítica à proposta que se discuto foi já largamente foita nosta Câmara pelos ilustres oradores que me precederam, prLa-

35

cipálmente pelo .ilustre Deputado Q eminente chêie do Partido Liberal, o Sr. Dr. Brito Camacho.

Evidentemente, Sr. Presidente, quedou o meu voto e o meu maior elogio à iniciativa do Sr. Ministro da Instrução, trazendo à Câmara este projecto de lei, porque o tempo gasto a discutir-se e a tratar-se de assuntos que à ilustração geral importa não é tompo perdido; e esta discussão sobre tam importante assunto exalta deveras o Parlamento e? levanta a sua capacidade mental e moral bem mais alto do quê, por exemplo, o insignificante pro-jectículo que ainda há pouco foi discutido acerca do óculo nos galões dos oficiais de marinha.

O íár. Alves dos Santos fez-, e muito bem, uma erudita apreciação da Biblioteca da Universidade de Coimbra, ,que é modelar se a. compararmos com, a Biblioteca Nacional de Lisboa. Outro Deputado-, ó Sr. Alberto Jordão, referiu-s0e ao esia-do da JBiblioteca de Évora, enumerou as preciosidades que ela contêm; è qup cuidadosamente guarda através de mil dificuldades e insuficiências; ,e, dessas interessantes exposições, Sr. Presidente, chegamos à triste certeza de que a Biblioteca Nacionai.de Lisboa é o estabelecimento mais deplorável do País: é um verdadeiro monumento da incúria e da vergonha nacional.

Nestas minhas palavras não vai, porém, o menor intuito de censura ao seu ilustre e actuai director, Sr. Jaime Corte-zão, nem aos seus ilustres companheiros quê tomaram a iniciativa da exposição que foi feita nessa Biblioteca para demonstrar a maneira como ela tem sido desprezada por quási toda a gente e sobretudo,.o que ó clássico entre nós, até pelo próprio Estado.

Eu, Sr. Presidente: não tenho a honra de ser Deputado pelo ÍPôrto; mas portuense nato como sou e tendo passado no Porto a maior parte da minha vida, não posso deixar de chamar a atenção da Câmara para o estado em que se encontra ali a sua rica e preciosa Biblioteca..

Essa Biblioteca è Municipal, sendo pais-, mantida e sustentada pela Câmara, que não pelo Estado.