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creto de 6 de Junho de 1919, no que respeita a sub-inspectores.

Para a comissão de -finanças.

Aníes da ordem do dia

O Sr. Presidente: — Está aberta a inscrição para antes da ordem do dia.

Vários Srs. Deputados pedem a palavra.

O Sr. Presidente:-—O Sr. Cunha Liai, na sessão de 15 tinha pedido a palavra para um negócio urgente, mas a Câmara não chegou a ser consultada. S. Ex.'a formulo Q o seu pedido nos seguintes termos :

Negócio urgente

Desejo ocupar-me, em negócio urgente, das deficiências da Contabilidade Pública, reveladas nos relatórios da 2.a série das propostas de finanças, erros que se cifram em muitas dezenas de milhares de contos.

Sala das Sessões, 15 de Junho de 1920.—Cunha Liai.

Os Srs. Deputados que reconhecem a urgência deste negócio, tenham a bondade de se levantar.

Foi reconhecida a urgência.

O Sr, Ministro das Finanças (Pina Lopes):— Quando na passada têrça-foira o Sr. Cunha Liai me anunciou que desejava fazer uma série de preguntas concretas sobre a matéria contida nas propostas de finanças, pedi a S. Ex.a para enviar par a a Mesa uma nota de interpelação que eu me procuraria habilitar no mais curto prazo de tempo.

O que disso então é o que digo hoje. . A Câmara, porêrn, procederá em sua soberania. .

Por mini não vejo justificação para se tratar iinediarnente do assunto. Parece-me mesmo, que c a primeira vez que isto se faz.

Tanto eu como S. Ex.a somos duma terra om que os homens são sinceros, francos, liais : tinha a minha palavra comprometida e cumpri-la-ia.

O Sr. Brito Camacho: —

O Orador:—Eu tinha pedido a palavra. Parece-me, pois, que se tíata duma côac-

Diário da Gamara doa Deputados

cão qne a Câmara quere exercer sobre mim.

O apoiados).

O Sr. Presidente: — O Sr. Cunha Liai acaba do ouvir as declarações do Sr. Mi-i nistro das Finanças: — £ Insiste no ^eu 1 negócio urgente?

O Sr. Cunha Liai: — O assunto para o ' qual desejo chamar a atenção de V. Ex.a ! e da Câmara é tam importante qne não l me importo que o Sr. Ministro das Finan-! ças me responda. S. Ex.n responderá quan-í do quiser. j

O Sr. Presidente í — Nesse" caso tem ! V. Ex.a a palavra.

O Sr. Cunha Liai: — Sr. Presidente: não compreendo que o ilustre Ministro das Finanças, o Sr. Pina Lopes, pudesse in-j vocar razões de lialdade para me impedir j de realizar este negócio urgente. ' ,;Eni que é consiste o meu negócio urgente ?

Eni muito pouco. •

| O Sr. Ministro das Finanças publicou relatórios precedendo as suas duas séries de finanças.

•Esses relatórios trazem muitos números e pretendem elucidar o país acêrea da sua verdadeira situação.

Esses números foram com certeza muito meditados, e embora não sejam da responsabilidade do titular da pasta das Finanças, contudo o exame dos resultados ou consequências deles é da única e ex-| clusiva responsabilidade do Sr. Ministro. i Meditou S. Ex.a longamente sobre o caso, j passou com certeza os seus relatórios pelas mãos de dezenas de pessoas, e o Sr. Ministro tanto se julgava na posse do verdadeiro conhecimento da situação do país que veio aqui à Câmara pedir urgência e dispensa do Regimento para a proposta sobre lucros de guerra. Qnere di-KGT, pelo visto não gosta do ponto à sorte mas exige que a Câmara entre imeditita-mente na discussão do determinada questão.