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Diário da Câmara dos Deputados

cão Geral da Contabilidade, e para que saiba1 também se, uma vez .posta ela de sobreaviso a respeito do facto, as correcções se fizeram tal qual como deveriam ser feitas.

A Câmara desculpar-me há de eu lhe tomar algum tempo nestas divagações, mas eu entendo que não posso fugir a elas, visto que estas cousas precisam de ser tratadas com toda a exactidão.

Sr. Presidente, os diversos empréstimos ao Banco de Portugal, em 1918, deviam ser corrigidos de 6:000 contos.

Deviam ficar na verba de 160:131 contos. Apesar de tudo houve erro na maneira de escriturar.

Os 6:000 contos deviam ser chamados ao débito da dívida flutuante interna, de forma- que a verba, que aqui figura, de 130:191 contos, apesar das correcções, devia ser do 136:191 contos e os diversos empréstimos deviam figurar em 170:000 contos.

Quere dizer, a correcção que fiz, cm relação -à da r Contabilidade, varia em 6:000 contos. E que a Contabilidade continua c* não ver bem.

Eu chamo a atenção da Câmara para este facto, para que ela veja o verifique que apesar do todas as correcções a situação do país é muito grave.

Por isso o Grupo Popular Republicano não apresenta programa o não há partido nenhum que sem conhecer as contas do tesouro, os encargos para o ano económico, o possa fazer. Tudo isto está por tal fornia embrulhado que eu presto um utilíssimo serviço ao Sr. Ministro das Finanças o ao país com estas emendas e esclarecimentos.

O Sr. Presidente : — Faltam 5 minutos para se entrar na ordem do dia.

Vozes : — Fale, fale.

O Orador: — Agradeço à Câmara a sua atenção.

Sr. Presidente: o Estado tem contas de saco.

O Estado pediu dinheiro aos Transportes Marítimos e não lhe pagou.

O Estado à medida que precisava dinheiro ia pedindo.

O Estado tem perdido com a crise de substOncias muito dinheiro.

Calcula-se quo gastou quantia superior a 25.000 contos.

Pois até 30 de Abril o Estado figura

j corno ganhando, uns 300 e tantos contos.

j Quere dizer que temos escriturado para

i todo o ano económico a importância de

15.000 contos, e só no primeiro semestre

tomos 15.870 coutos.

O Estado por ora gastou 860 contos.

f. Aonde estão escrituradas as verbas provenientes da venda de produtos?

V. Ex.as por isto ajuízam o resto. ,; Mas como é que o Ministro que tem de passar pelas cadeiras do- poder, e nisto não vai ataque pessoal, apenas lamento o facto, pode calcular o déficit?

A contabilidade comete erros desta natureza a menos dum mês do ano económico.

Como é isto possível?

Como é quo isto é indiferente ?

^ O mapa que aqui tenho para vergonha cia nossa administração pública, este mapa sabem para que está aqui?

Nesta altura trocam-se vários apartes ' que não foi possível reproduzir.

O Orador: —Sr. Presidente : eu tenho muito prazer em ser sempre interrompido sem licença minha; mas devo dizer a V. Ex.a e à Câmara, que eu não me revolto contra o facto da contabilidade ter errado, revolto-me contra a falta do Sr. Ministro das Finanças não descobrindo o erro.

O Sr. Ministro está muito satisfeito, e tanto assim que diz que em tam pouco •tempo não se podia fazer nem mais nem melhor.

V. Ex.;i sabe muito bem que dentro em brc-ve deveremos começar a pagar encargos em ouro à Inglaterra, que nunca poderão ser inferiores a 20.000:000 de libras.