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precisos elementos fossem requisitados à Direcção Geral da Fazenda Pública, a fim de se completarem os mapas.

A • verdade é que só à última hora a Contabilidade pediu esses elementos à Fazenda Pública, e esta também só à última hora lhos forneceu. Resultou, pois, que estes 220 mil contos foram lançados em duplicado. Foram lançados na conta de diversos empréstimos e foram lançados na dívida flutuante interna.

A Contabilidade não reparou e dou em resultado haver o erro.

Devia ter sido publicado o relatório, e não houve tempo de reconhecer que as verbas estavam erradas.

As propostas foram no dia seguinte apresentadas ao Parlamento som que tivessem sido previamente verificadas por falta absoluta de tempo, visto que a Imprensa Nacional acabou do as imprimir depois do meio dia, e imediatamente foram distribuídas.

O que é verdade, porém, é que dois ou três dias depois, confrontando a nossa dívida flutuante dos mapas, reconheceu-se que havia engano.

Ordenei à Contabilidade mo desse nma nota detalhada da nossa dívida flutuante interna, que me parecia exagerada.

Depois do encontrar esta diferença, falando com o director geral da Contabilidade Pública, pedi-lhe me explicasse convenientemente os motivos, e fez-so esta rectificação.

O director geral da Contabilidade Pública, sem desprimor para os outros directores gerais, é um homem zeloso e cuidadoso.

A rectificação foi feita e a verdade é que, .tendo o Sr. Cunha Liai feito uma conferência num teatro de Lisboa, apreciando as propostas de finanças, chamei no dia imediato o director geral da Contabilidade Pública, a quem disse que a apreeiaçSo feita pelo Sr. Cunha Liai mo convenceu de ter S. Ex.a dado coui a duplicação de verbas inscritas nos diversos empréstimos e dívida interna, e que, nessa conformidade, queria mandar imediatamente para a Imprensa Nacional a rectificação precisa aos créditos respectivos.

Posso afirmar ao Parlamento que esta diferença não foi notada só depois do Sr. Cunha Liai ter falado. Já o havia sido.

Diário da Câmara dos Deputados

Há, apesar disso, algumas diferenças que são pequenas em relação ao que vai nos quadros rectificados e ao apuramento feito pelo Sr. Cunha Liai.

S. Ex.a sabe que a maior parte dessas verbas não são escritas logo à efectivação das despesas- e antes seguem certos trâmites, e depois é que a contabilidade respectiva faz a sua escrita. Daí a diferença notada pelo Sr. Cuuha Liai no que se refere a despesas relativas a subsistências.

S. Ex.a sabe muito bem que a maior parte das verbas despendidas nas subsistências ó relativa às compras de trigo.

O trigo vem da América e o Ministério da Agricultura quando fecha o sou contrato, abre um crédito* no Ministério das Finanças, e o pagamento é feito mais tarde, sondo o dinheiro entregue quando efectuada a venda.

Vem daí a diferença apontada pelo Sr. Cunha Liai.

Quanto ao déficit, eu aceitei esse déficit como mínimo, e parece-me que já é uma cifra Ixastante importante.

S. Ex.a disse, e muito bem, que o nosso déficit devia ser muito maior do que vem no relatório.

Eu tenho como obrigação tomar como bons os el.ementos que me deu a contabilidade, tanto mais que eles se referiam apenas a seis meses do presente ano económico.

O. resto são conclusões que deles derivam. Tudo o que foi dito por S. Ex.a vom justificar o que eu digo no meu relatório, o ó que a situação do Tesouro ô aflitiva e pouco agradável, e assim o Parlamento, conhecedor da situação, procurará modo do a remediar.

O Sr. Cunha Liai diz, e muito bem, que naturalmente as receitas da minha proposta não são bastantes para acabar com o déficit Q assim o Governo deve lançar mão do. crédito.

S. Ex.a sabe muito bem que o t-mprés-timo só é viável em boas condições quando tivermos aumentado' convenientemente as nossas contribuições, quando, emfim. tivermos o nosso déficit reduzido o mais possível.

O Sr. Cunha Liai.-—V. Ex.a tem uma