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Sr. Presidente: teria o maior prazer em ver S. Ex.a sentado neste lugar, porque sei que podia prestar relevantes serviços, e com isso, fique V. Ex.a certo de que eu lucraria alguma cousa.

Dito isto, Sr. Presidente, eu procurarei trazer ao Sr. Cunha Liai todos os esclarecimentos que neste momento lhe não posso prestar, porque julguei que S. Ex.a mandaria para a Mesa a sua nota de interpelação.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Nóbrega Quintal: — Sr. Presidente : sabe V. Ex.a e sabe a Câmara as circunstâncias em que tem havido falta de número para funcionar a sessão, nestes últimos dias, contribuindo este facto para a campanha que lá fora se faz contra o Parlamento, não tanto pela falta de número^ mas por mera especulação política.

Salvo melhor opinião, eu entendo que o motivo destas constantes faltas de número, que não podem de forma alguma ter um significado político, nem tam pouco representar por parte da Câmara indolência para o trabalho, pois que essa falta é por dois ou três Deputados, provêm do regimento arcaico porque nos estamos regendo, que ó o mesmo que serviu para a Assemblea Nacional Constituinte, revogado já em alguns pontos.

Sr. Presidente: redijo uma proposta de alteração ao artigo 23.° do Regimento, no sentido de obviar a estas faltas de número, mas, no emtanto, a Câmara dirá se esta ou outra deverá merecer a sua aprovação ; simplesmente o meu desejo é afirmar a necessidade de se alterar o. Regi-mento neste ponto, de maneira a poder-se produzir trabalho útil.

Assim, entendo que uma hora depois da marcada para abrir a sessão, se não houver número, Y. Ex.a deverá marcar sessão nocturna, sondo neste sentido a proposta que vou ter a honrei de mandar para a Mesa, pedindo para ela urgência e dispensa do regimento, porque entendo que um assunto destes, que pode dar lá fora lugar a especulação política, deve ser resolvido de momento, e não se compadece com as demoras usuais nesta Câmara.

A proposta que mando para a Mesa é assim redigida:

Otário da Câmara do» Deputado»

«Artigo 23.° Se uma hora depois da estabelecida para a Câmara iniciar os seus trabalhos não houver número legal para abrir a sessão, será marcada sessão nocturna.

Sala das Sessões em 27 de Junho de 1920.— O Deputado, Nóbrega Quintal».

Sr. Presidente: para terminar as minhas considerações, e já que estou no uso da palavra, permita V. Ex.a que eu chame a su

Sr. Presidente: eu li, cheio de pasmo, um artigo publicado no jornal A Situação, sobre ò Parlamento, e intitulado A cair de podre.

Podem dizer que eu, jornalista, embora modesto, falto a um dever de camaradagem, trazendo para aqui este artigo de A Situação, mas eu quero responder antecipadamente a quem possa fazer essa observação, que ninguém me pode obrigar a dar a minha solidariedade a quem trata assim o Poder Legislativo, a quenv trata assim os poderes constituídos da República, a quem trata assim o Parlamento.

Chamo a atenção de V. Ex.a para este artigo infamante, e espero que V. Ex.a para honra desta Câmara, dirá ao Sr. Ministro da Justiça que deve dar ordens no sentido de ser querelado este jornal, porque, embora a lei. de imprensa não corresponda em meu entender às necessidades de momento, serve, ao monos, para se dar uma querela, quando um jornal publica cousa deste teor.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão: — Requeiro a generalidade do_debate iniciado pelo Sr. Cunha Liai.

O Sr. Presidente: — Na Mesa foi recebida uma carta do Sr. António Granjo que vou mandar ler para a Câmara tomar dela conhecimento.

Leu-se.

Em virtude do conteúdo desta carta tem de ser nomeada outra comissão de inquérito ao extinto Ministério dos Abastecimentos.