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Diário da Câmara dos, Deputados

j S.- Ex.a pôs uma questão par.a.mim deveras interessante:. -S. Ex.a pôs a^ questão. operária em tese; e ^preveniu o Governo de que para o futuro já na© axis.--tiría apenas um partido, resolvido ai.de-feader. as. reivindicações das classes opo-1 rárias..

Não; além. do Partido. Socialista, S. Ex.a indicou o Parddo.Recoas-tituiiiterCjamo-defensor das- regalias dos: operários^. E j S. Ex.a frisou algumas > perseguições que;] se- temi feito, dizendo que- estava disposto j atnão..asâ consentir,. Veio, assim,. S;.'Ex.? tornar: mais; fácil l a acção do. Partido Socialista no Poder.

Alegro- me por esse .-facto, e pelo: facto de -pela primeira, vez no. Parlamento, um j partido político, sem. ser. o so.cialistaj elevar, a sua» voz a favar das -classes, que trabalham; e- registo, esses factos, já poiv que: ôles obrigam os- membros do Partido de S. Ex.a a seguir um caminho, diferente daquele que até hoje tom seguido, já porque. obrigam o Governo, a tratar as cias? sés.- trabalhadoras', duma maneira diferente daquela que até agora- tem sido posta em prática.

Sr. Presidente: diz-se que este Governo. é das esquerdas. Folgo em ver constituído um. Governo nessas condições.

Várias- vezes fiz, a afirmação ne&ta Cá- | niara de que. era preciso definir, os- cam- j pôs, visto que várias vezes eu vi as es-querdas* misturadas com as- direitas, e

Actualmente eu. tenho a impressão, de; j que. os; campos- se vão definir, e ai do-Go^ vêrno e do País-. se não sei definirem. paios* princípios extremista Si

ST., Presidente-:, eu. votarei,, por co-nse*-qúência,.uma moção de confiança ao Governo se ela.se apresentar, porque eu -verifico que está. actualmente: mantido o equilíbrio, político neste. Pc\rlamento,

Até- hoje- têm. governado, duas «ditado* rãs, a organizada parlamentarrnente-, e. a- apoiada pelas, espadas.

Vejo pela primeira vez um Governo que me satisfaz, e tenho a convicção, de que o Governo há-de-ser cuidadoso, porque tem a. fiscalizar os -seus actos- um. grande grupo; e assim o Governo tem o me.u voto..

Dito isto, termino as minhas considerações fazendo votos para que o Governo

fnça uma obra. bastante social e. bastante; radical.

Tenho dito.

O orador não. reviu.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente-: pedi a palavra ein vista-, do que.-ou.vr há pouco: ao Sr. .António Granjo..

Ontem. Si. Ex-.a, ao fazor. apreciações sobre: o; Governo j referiti-rse.-às: diferentes"-coinpeíencias--que: o comprem, e afirmou. à- Camará, queio Sr., MnÍBtr.o. da Marinha, não. tem. a: competência-, técnica p ar a. as* respon-sabilidadesí dá sua .pasta.

Sussurro.

Apartes, do. &\ António Grcatjo.

0 Orador: — -O Sr. António convencido: de que- as- lutas -políticas perturbam o' Pàrlameato'.-

Àpartie&i

O qu« é certo é: 'que' o -Sr. Álvaro* de* Casíro1 afirmou por1 sua vez- que o Sr: Ministro da Marinha era uma competência reconhecida.

Eu re-almente fiquei hoje' a'dinirado das-considerações do' Sr. António Granjo sobre" a declaração ministerial apresentada . a ov Parlamento.

S; Ex-.a afiimou que até este- momento o Governo não tinha nenhuma- moção de confiança-, e que- o Governo não' ó partidário, nem é Governo dos es-querdas-.

Apartes.

O Sr. Atatónio Granjo (interrompendo):- — Ei^uão disse nada disso. Àfiavtes.

O- Orador : — S.. . Ex.a está com-encido-de.1 qiue- não. disse/ mas: ó ceito. qua afir--

S. Ex^a disse, qno o Governo não tem'. autoridade, nem apoio da opinião -pública, nem corrente - parlamentar , nem. indicação-' píirlamenta-r, e todavia ao Governo, não foi.vatada. qualqiier moção de deseon.-fiança. (Apoiadosi).