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Sessão de í de Julho de 1920

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aqui se fez ouvir ele foi escolhido entre as competências.

Ele próprio se impunha ao Parlamento, por ser formado de pessoas competentes, e mal só compreende que pessoas competentes —e competentes não para estudar, mas porque já estudaram—precisem ainda de oito dias de férias para cadít unia se informar acerca das repartições que dirige.

Sr. Presidente: não há maneira do levar o Senado a rectificar o seu voto, porque isso se não pode fazer cm sessão conjunta e ainda porque, desde ontem para amanhã, nenhum lacto se produziu que fizesse transformar em sentimento de confiança a falta do confiança ontoin manifestada. De modo que me qucre parecer que a único cousa possível, porque é a única cousa lógica o conveniente, é o Governo acatar as indicações parlamentares, é o Governo meter-se dentro do respeito pelos princípios (Apoiados) porque, se hoje sucede que esses princípios o condenam a uma efémera vida ministerial, bem podo vir a acontecer que ele amanhã os tenha de invocar para novamente governar. Não hei senão que reconhecer que o Go-vôrno só constituiu em termos de não ter viabilidade. e que todos os artifícios de que se possa lançar mão, a ele não dão força e à Kepública não dão prestigio. (Apoiados).

Diz isto, Sr. Presidente, faz 6ste convite ao Governo para que abandone as cadeiras do poder um homem que, tendo sido tantas vezes acusado do ambicioso— ambição sem legitimidade porque, pela carência de todas as qualidades, não pode governar (Nf/o apoiados)— acaba afinal por ser acusado de mau republicano o de mau patriota, porque, havendo uma voz geral no mundo para que governe, se recusa a assumir as responsabilidados do Poder.

Não quero suceder ao Sr. António Maria Baptista; e, se não ficasse mal à minha modéstia, diria que tinha demasiado orgulho para ainda querer ser Ministro ou sequer, ao menos, para ser chefe do Governo.

Feitas estas considerações que â nada mais visaram senão a definir a minha ati-tudo neste debate, por virtude do respon-sabilidad.es anteriores, eu faço os mais ardentes e sinceros votos para que só

procure e encontro a única solução razoável que o conflito pode ter, e essa solução será aquela dentro da qual nós nos encontramos, não como inimigos nem sequer como adversários, mas como republicanos que eentem o conhecem a má hora que atravessa a República, que sentem e conhecem os tremendos perigos que impendem sobre o país.

Não é este o momento de se ter vai-dades ou ambições, a não ser a vaidade de estar no lugar que lhe compete e a ambição de desempenhar o^ape] que legitimamente lhe pertence. É o momento das renúncias e dos sacrifícios, mas perderá a autoridade para os outros para pedir renúncias o sacrifícios quem usar do expediente ou artiíicio grosseiro para manter uma situação que claramente lhe não compete. (Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. João Salema: — Sr. Presidente: roqueiro a V. Ex.a se digne consultar a Câmara sobre se consente que se prorrogue a sessão até ser votada a proposta apresentada polo Sr. João Camoesas.

Consultada a Câmara, foi aprovado o requerimento. /

O Sr. Presidente: —Como a acta ainda não foi aprovada, vai agora ser posta à votação.

Foi Lida e aprovada a acta.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (António Maria da Silva):— Sr. Presidente: não -acompanho o Sr. Brito Camacho na série de considerações que fez e na enumeração de factos que produziu, por várias circunstâncias, o que não representa menos consideração para com S. Ex.a Há, porem, uma afirmação que não posso deixar passar em julgado. Não desejei jamais, não desejo, nem desejarei governar contra o Parlamento. Nunca o farei. Há razões e actos da minha vida que plenamente confirmam esta afirmação. Pôrtenci ao Go-

v9rno com que se deuso oonnitó1 dá 1913, 1 , • • • • '

mas no momento ejn qu^óle ?ve deu, estava eu gravemente* enTcrrniD? • • • *

Nunca tivo incompatibilidade com o Senado e ainda ontem lhe manifestei o extremo carinho que ôle mo merece.