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belecer analogia entre o caso actual e o caso de 1913, não faz sentido.

Não foi recordada ainda a significação do caso de 1913, caso puramente pessoal.

Uma parte, todavia, me abstenho de relembrar porque já ó falecida a pessoa que o originou. A propósito desse caso pessoal realizaram->e várias démarches, surgindo, mais tarde, um conflito com a presidência do Senado e todos estes factos se deram estando eu impossibilitado d) comparecer na sua sala de sessões. A maioria do Senado pôs-se ao lado da pessoa que dirigia os seus trabalhos. Veio a proposta de adiamento, ó certo, mas quando se versou a questão de que o Parlamento podia-reunir em sessão conjunta eu nunca emiti o meu voto sobre esta interpretação. Não pode ninguém supor-me capaz —e o Sr. Brito Camacho há-dcfazer-me essa justiça— de qualquer cousa que com isso se pareça.

Outra afirmação produziu S. Ex.a, a de que nós éramos altas competCncías e que ninguém podia afirmar a possibilidade de nestas cadeiras se sentarem Ministros melhores do quo nós.

NinguCui disse isso. Nós temos a competência que nos exorna: não temos mais nem menos. Não nos assusta o poder dos grandes génios, mas também não apouca-mo;' a insignificância dos pequenos.

Feitas estas considerações, resta-me dizer ainda quo o interessante seria demonstrar que o Governo apenas conta nesta Câmara com uma maioria de 5 votos.

Termino, Sr. Presidente, por dar a todos a certeza de quo nós estamos aqui com o mesmo desejo de bem servir aKe-pública que os homens que pensam como o Sr. Brito Camacho, os quais, seaquinão se encontram, não foi por culpa minha. ..

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: procurarei quanto possível resumir as minhas considerações? Se a disciplina partidária DJÍQ impusesse "muitas vezes que se manifeist£FssQm.*o^iniêes divergentes daquelas que* expa*ndêrn aqueles quo em nome de determinados grupos só façam, se ela não fosse entendida por modo a quo todos se julgam na obrigação de votar em determinado sentido, eu poderia de facto demorar-me, não minhas considerações,

Diário da Câmara doa Deputados

para procurar convencer alguém da minha maneira de pensar o de encarar o caso em debate.

Mas, Sr. Presidente, tendo de falar apenas para defender um ponto de vista, e sobretudo tendo de falar, à falta de melhor, em nome dum grupo político, eu tenho de colocar as cousas no seu verdadeiro pé, de chamar as palavras pelo seu verdadeiro nome, marcar a atitude do meu Partido c de marcar a nossa situação aqui.

Sr. Presidente: eu tive há pouco ocasião do afirmar que me honraria muito em ser discípulo do Sr. Júlio Martins, mas devo dizer que nesta matéria não poderia ser seu discípulo, porquanto não há forma de aceitar a interpretação, nem a diversidade de situações que S. Ex.a encontrou entre o momento actual e o facto passado em 1913.

Sr. Presidente: era, então parlamentar muito ilustro o Sr. Júlio Martins; eu não tinha essa honra, mas posso recordar a S. Ex.a, pelo Diário das Sessões, o que então se passou, pois parece-me que estou mais ao facto disso do que S. Ex.a

Oomeoou o Sr. Júlio Martins por afirmar há pouoo que o conflito agora surgiu porque unia moção de desconfiança foi posta ao Governo, tendo então ocorrido outro facto, qual era o da incompatibilidade entre o Governo e o Senado, incompatibilidade que não resultou duma moção.

O Sr. Júlio Martins:—Evidentemente, o Senado em presença dum Governo que não queria lá ir, votou-lhe uma moção de desconfiança.

O Orador: — A questão teve outro início, mas num dado momento foi posta nos mesmos termos em que se encontra esta.

O Sr. Júlio Martins: — Não há Governo que se possa manter, sem que tenha o apoio do Parlamento e da opinião pública.