O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 2 de Julho de 1920

O Sr. Cunha Liai: —Sequeiro a contraprova.

feita a contraprova, é novamente aprovado por 43 votos contra 25,

ORDEM DO DIA

O Sr. Ferreira da Rocha : — Sr. Presidente: quando ontorn se iniciou a discussão sobre as emendas vindas do Senado ao projecto da construçilo do caminho de ferro do Benguela, eu tive ocasião de dizer que o contrato de Novembro de 1902, na época em que foi aprovado, representava certamente um grande benefício para o desenvolvimento da nossa colónia de Angola e quo o não devíamos apreciar senão reportando-nos às circunstancias do então, para podermos j algar das vantagens ou desvantagens que poderiam advir.

De todos os contratos efectuados não posso deixar do dizer que este a quo me estou referindo foi o melhor que o Estado tinha feito.

Sendo habitualmente seguido o processo de conceder a garantia dos juros, para esse não se fez assim, e o Estado não empregou nenhum capital e ainda recebeu 10 por cento das acções que pela Companhia foram emitidas.

Disso tambSm que a Companhia dos Caminhos de Ferro de Benguela se tinha instituído om condições especiais.

Foi por isso quo publicada a lei de 1913 foi determinado quo o capital obrigacionista fosso superior 010 das acções. Assim p^odia a Companhia' fazer a construção. É certo quo ficava elevado o custo da construção, mas não podemos esquecer que não se pode apreciar uma construção de caminhos de ferro sem lovar em conta as condições dos locais em que são feitos.

Eu não sou engenheiro mas admito que não só pode apreciar o custo quilométrico do um caminho do ferro sem atender a todas as circunstâncias.

& verdade quo ao sul de Angola onde o . caminho de ferro devia começar nada havia feito, e a Companhia a tudo teve de atender, e tudo teve de fazer pois nem uma estrada havia, no couiôço da construção do Caminho de Ferro de Ben-gela não ora possível conseguir mão de

11

Não havia ainda ocupação efectiva nessa região. O próprio imposto não estava lançado ; não havia maneira de obrigar o indígena a trabalhar. A Companhia não encontrou trabalhadores e teve do importar a mão de obra.

Já ontem tive ocasião de 'dizer que o Caminho de Ferro de Ambaca custava mais de sete mil libras por quilómetro.

Colhi informações das estações oficiais do Ministério das Colónias.

Foi prolongada a linha até junto de Loanda. Entendeu-se que se devia estender tanto quanto possível a construção de maneira a obter maior benefício do Estado.

O Sr. Cunha Liai: — A razão dos meus receios é que, por exemplo, o Estado garanta seis por cento ao Caminho de Ferro do Ambaca, por cada quilómetro construído.

Foi arrematado por quinze contos por quilómetro.

Assim vem a ficar duplicado. A custa duma cousa que representa. . .

O Orador:—A custa de cousas que V. Ex.il bem conheço.

Assim encontrain-se os mais variados custos.

Admitindo que a construção tenha do ser elevada, o custo da parte construída foi precisamente o mais caro..

A construção no planalto há-do sair mais barata.

Creio, porque se podem fazer os cálculos, que e custo há-de ser inferior ao da Ambaca.

Disse também o -Sr. Cunha Liai quo um caminho de ferro desta natureza, tarn cara como é a sua construção, dificilmente poderá servir para utilização de produtos pobres, o isso ó que é o mais necessário na província de Angola; e se quiséssemos contar com os mineiros da região da Katanga, correríamos infelizmente através duma miragem desconhecida . . .