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Sessão rfe 21 de Julho de 1920

nbam opiniões formadas sobro os assuntos que correm por essas pastas.

Portanto, dos outros tenho de admitir aquilo que ou para mim considerava- uma exigência.

Realmente os factos vieram demonstrar que ou" na minha ingenuidade mais uma vez mo enganara.

Tem-se desenvolvido uma campanha de descrédito, abrangendo tudo e todos, sobretudo procurando abranger a República.

Esses que lá fora manejam, movidos pela satisfação dos seus interesses, a campanha contra o Parlamento, esquecem, fingem esquecer, praticando unia. grave injustiça, os bens que o Parlamento tem*

O Partido Popular, nesta Câmara, tem--se esforçado o melhor quo pode e sabe, por honrar as cadeiras que os seus mem* bros aqui ocupam.

Essa campanha atingiu lá fora um grau •de acuidade tal que nós, sob pena dó darmos provas duma cobardia moral, que nos fica mal, não podemos deixar de castigar severamente.

Mas é preciso constatar que essa campanha surgiu no dia em que o Parlamento, pela boca dum ilustre parlamentar, o Sr. Cunha Liai, declarara que um projecto de lei trazido pelo Ministro do Comércio do governo Sá Cardoso, sobre os navios, não passaria nem mes-mo a ti-ro, isto é: no dia em que alguém, lá fora, viu feridos os seus interesses — e eu admito quo uma cota parte, embora pequena, seja legítima — estoiroa com violência a campanha contra o Parlamento. .

Ela tem continuado e o Parlamento não a tem desmentido por actos, poí uma razão simples: é que n'ão temos tido um Go-vêrno que saiba querer.

O Parlamento tal qual está organizado, •dando mostras da sda boa vontade e dôfô •seas desejos, não deixaria -de1 óolaborar com um Governo que soubesse ser Governo.

Agora, quando os Partidos abdicam pe-Tante os Governos e sSo anteparo d& to--das as fraquezas dos Governos e de1 todas1 as incompetOncias, o Parlamento é positi-vãmente mera cobertura de incompetérí' cias e é ôsse o seu grande crime.

Um Govôrno apresenta uma proposta na® ó o produto dtmi estudo eonecíen-ô, c qtiere que ola soja aprovada, e

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quando o Parlamento dá mostras de que não está disposto a deixar transformai4 em lei tal proposta se ela porventura diz respeito a interesses particulares,- e alguns têm aliás traduzido interesses particulares, nessa altura estoira a campanha lá fora e surge a questão.

Nós, Partido Popular, não nos incomodamos com essas campanhas, e não há processos de nenhuma natureza que sejam capazes de nos desviar; do caminho que resolvemos seguir.

Já demos mostras dessa nossa Orientação, e a Câmara devo recordar-se do caminho qire seguimos,, quando foi da greve ferroviária- do Sul e Sueste, não havendo côíreção de e^pécíift alguma quê nos desviasse do caminho cfuo traçámos. (Apoiados}.

Mas, Sr. Presidente, ó do mct dever apreciar o programa do Governo, e pena tenho qtie ,t falta de tempo não me permita apreciá-lo tam largamente como desejava»

Ele merece ser apreciado realmente, não por aquilo que traduz, mas pcl'a< significação que tem em globo, e se o1 não faço, ó também para quê se não diga que quero fazer obs-trucioiiismo, como já se disse, de ter o Grupo Popular Parlamentar tomado confo norma, o fazer Sempre obstrucionismo.

Não ó esse agora o meu propósito, nem nunca o tem sido, mas o que tenho é o direito d« apreciar largrttnenfé todak as questões que entenda.

Apreciando o programa do Govêffto, começo pela pasta do Trabalho.

O Sr. Lim-a Duqtte, e' S. E*,a sabe-o,-embora a Câmara o não1' saiba, tem cômi-'£0 ligações de amizade' de longa data- e que desejo que continaem, mas nãOposSó deixar de difcàr que não foi beifí éseolhido-para ê&se lugar.

O Sr. Lima Duque1 è médiôõ e tela feito afirmações dai sua dom potência,- fflas a verdade é q-oc, péla. stfâ vida politiífff, estaria: melhor úa pasta do InWíoF, é, prin-cipalmenld, em momeoto de eleições.

Se, porventura, o Chefe? dó Governo entendo que estamos ei& moniemo íltj-eíeí-çOes, S. Ex.a tinha por dever chaâaâr" o Sr. Liraa Dtiqsie para a píísia do In-

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