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Os países- pequenos tom de ter melhores, diplomatas- do que os- países- grandes-.

Lembro que havendo num país- um embaixador, duma grande potência, que possuía-escassas qualidades de-inteligência», alguém que era., diplomata, dizia que- só •um grande país podia permitir-se o luxo de fazer-s.^ representar por um pateta.

Estou convencido de que o Sr. Ministro dos Estrangeiros perfilhará' a pro.pos.-ta do Sr; Xavier; da Silv.a, e que empregará, osí seus- esforços, para que bem depressa, essa proposta, seja lei- do- país.

Tenho dito.

O Sr. Manuel José da. Silva (Oliveira do Azeméis): — Sr. Presidente:- já. vai longo o debate e. é precário o meu. esta. do de saúde, para me alongar em considerações a propósito do debate político travado nesta Câmara, com a aprasenta- j c-ão do Governo.

Soldado disciplinado dum Partido, que, nesta Câmara pela boca- da seu leader. de momento, o ST.. Cunha, Liai. já. definiu a | sua, posição, eu ver-me-ia desobrigado de falar, não porque não tivesse muito que dizer, mas pela razão simples- do que,.a nossa posição, como Partido, estava já definida.

Sabe-Y. Ex=.a-o sabe-o Sr. Presidente do Ministério1 em que condições o-Governo que'S. EX-.* vekr substituir ficou constituído: Sabe V. Ex.a; Sr. Presidente; saT be a Câmara- e; sabe o Sr. Presidente-- do Ministério; que s.ó depois duma-série-quá-si infinita de- démarches; em que sosso-braram'várias; individualidades encarregadas-de formar; gabinete;,, é quer o Sr. António Maria, da Silva-,, conseguiu* orgat nizai: o seu. gabinete, não de- concentração geral, dos-Parti dos,, como, era: desejo de S. Ex.a-, mast de concentração- paTciai',. concentração qu,e seria suficiente; para^qu.e ele tivesse-umas vida desafogada;nas-duas caea-St do;Parlamento*.

Apresentou;-se. o. G-ovérno do. Sr.. António Maria da Silva à Câmara; tro.uxe o sjeju. programaj, de-Governo, e. devo' dizer que, repetindo até certo panto as, pala^-vr&s que» o. meu querido, amigo o- carreli-gioaiáí-io Cu.nlía;Lial então pr.oferiu, asse programa: não- nos- satisfazia absoluta-, m@ntes.

Ar Qâmara^dos-; Deputados-, depois do; debate, votou ao,'Govêr.no' do.Sr. A-ntónio;

Diário da Câmara dos Deputados

Maria da- Silva, uma-, moção de confiança, não sem que nesta Câmara e pela, mão do leader do Partido Liberal tivesse sido apresentada-uma moção d.e desconfiança, com alguns considerandos que S. Ex.a hoje-não prefilha. Em seguida fez a. sua apresentação no Senado, o certamente* obedecendo, a -uma orientação política., que não é de estranhar tivesse sido deliberar da em conluio dos dois; Partidos, o lea-t der do Partido Liberal naquela c/is.a do Parlamento, apresentou uma moção de desconfiança que foi votada e em virtude da qual.'o Governo caiu.

Essa moção, tinha como primeiro considerando, C.OLQIO base principal, a- seguinte afirmação que. eu destaco: atendendo a que o. GovGrno não foi constituído dentro das normas- constitucionais, a Câmara, etc.,, etc.

Em resumo: moção de desconfiança».

Ora, Sr. Presidcmto, quando as conveniências políticas chegam a desvairar os homens, ao ponto .de tocar a Presidência da República, que nos deve merecer respeito, nada há que estranhar.

jtí, pena foi que, nesse, moraouto não tivesse justificado o seu ponto do. vista, para se. saber com rigor quais as normas constitucionais, que, pelo Sr. Presidente da. República, haviam sido desrespeitadas», íí-essa, altura, ST. Presidente.. .

(X Sr. Cunha Liai (interrompendo}: — V. Ex.a; dá-me licença? A norma constitucional que foi desrespeitada, foi nã'o se ter chamado,- então, os liberais.

O Orador/: — Nesse-momento ignorava1, como; hoje ignoro,.- quais* as normas constitucionais- que. foram desrespeitadas, com á; constituição do-Gov.êrno António-Maria da. Silva, e tenho. pena. de então nãt> t«F tomado conhecimento-delas pa-ra se-saber se, porventura,, a; constituição dêsto; Go-v.&rno obedeceu a 'essas- mesmas- normas;