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tiessão de 29 de Julho de 1920

Este é o maior dos enxovalhes à mentalidade e carácter dos homens republicanos que têm responsabilidades de mando, quer no Parlamento, quer nos partidos.

Foi até um enxovalho directo, cara a cara feito, à própria pessoa do Sr. António Granjo. S. Ex.a é chefe dum partido e o energúmeno que proferiu as palavras que se lhes atribuem tinha obrigação de admitir que o Sr. António Graujo, nessa qualidade, não poderia permitir que qualquer energúmeno se sentasse nas cadeiras do Poder quando S. Ex.a as deixasse.

Agora vejamos o que disse o Sr. Vasco Gamito.

Sr. Presidente: quando se faz ao Parlamento da Eepública, e na presença dam Presidente do Ministério, a comparação entre ele e qualquer cervejaria ou café, por muito luxuoso que seja esse estabelecimento, ach°o que isso é um atrevimento que devia merecer da parte do Sr. Presidente do Ministério uma sovera censura, e não me consta que ela fosse feita.

(Apoiados).

j Mas disse-se que os Governos caem por 'vezes com cascas de laranjas, lançadas por gatunos! Eu não sei a quem se queria referir esse Sr. Gamito. e como não sói, é caso para preguntar se o Go-vCrno do Sr. António Maria da Silva caiu por lhe ter sido lançada qualquer casca de laraja por um gatuno! ?

Eu não acredito que isso se desse, ou dê. e assim faço a maior justiça aos homens da Eepública. (Apoiados).

Uma cousa única, de aproveitável, eu vi no relato da sessão a que assistiu S. Ex.a, o Sr. Presidente do Ministério.

O orador que proferiu esta afirmação qui-s, porventura, tirar dela um significado diferente daquele que eu vou tirar o que todos os Governos da Eepública devem tirar.

«Urge acabar com a demagogia económica!»

Mas é bom que se saiba quem são os demagogos da economia nacional; quem tom impuncmc-nto tripudiado sobro a miséria do povo, abandonando a torra e lançando-se na jogatina desenfreada, cujo palco ó a Rua dos Capelistas?!

Era esta, porém, a darnagogia economia,, a que se queriam referir?

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Não; e que o Sr. Presidente do Ministério veja u verdadeiro significado que tinha essa frase, e tenha a força de fazer recolher ao silêncio e à verdade essa gente.

Disse o Sr. Presidente do Ministério que a causa do contrabando para Espanha, mormente de ceriais, tem sido devido à má remuneração de venda entre nós.

Já o Sr. Júlio-Martins frisou estas palavras do Sr. Presidente do Ministério, que .corroborou a sua afirmação. Disse em resposta o Sr. Júlio Martins que a especulação continuava a fazer-se, precisamente nos mesmos termos do regime de $22.

Sendo certo que esse contrabando continua a fazer-se para Espanha, neste momento, agora que o trigo se vende por um preço mais remunerador, conforme-eles pediram, prcgunto:

Veja-se a sinceridade com que têm falado sempre esses lavradores. Veja-se a atitude deles, a atitude do passado, e a atitude que terão no futuro, que será uma consequência do presente e do passado.

Vozes: — Muito bom.

Fica com a palama, reservada.

U discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram, enviadas.

antes de se encerrar a sessão

O Sr. Costa Júnior: — Devo informar o. Sr. Presidente do Ministério que o empregado do Ministério da Agricultura, agora encarregado da distribuição de manteiga s por conta desse Ministério, Sr. Marques Nogueira, ó o mesmo que não deu contas de 100 contos de arroz, de que fora encarregado de dar destino na tempo -do antigo Ministro das Subsistên-cias, Sr. João Pinheiro, arroz que não-servia para consumo do público.

Ele era o responsável por esse arroz, de que nunca se soube o destino.

Chamo, pois, a atenção do Sr, Ministro para este facto.

O orador não reviu.