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proondo muito bera o significado das palavras do S. Ex.a

S. Ex.a queria dizer que em volta dos navios toda a gente tem presa a sua atenção.

Neste assunto têm- se o Parlamento imposto pela sua honestidade a tal ponto que nem sequer discutiu ainda essa proposta.

Portanto não pode haver dúvidas, acerca da honestidade dos seus membros, nem sequer de qualquer deles. -

De facto o Parlamento impõe-se à consideração do País.

Essa proposta de lei será apreciada— e com estas minhas palavras não quero significar que tenha havido incúria da parte do Parlamento, logo que sejam discutidos e votados os orçamentos e aprovadas aquelas medidas que são urgentemente necessárias para que a acção go-vernativa seja eficaz.

E preciso notar que a ineficácia da acção dos governos anteriores se deve em grande parte à circunstância de não terem sido tomadas essas medidas, não dispondo os Governos dos elementos .necessários para a reorganização económica e financeira do País.

JSCreio ter respondido, embora em linhas gerais, às preguntas sobre a política económica e financeira que o Governo seguirá sucessivamente por cada um dos Ministérios.

Espero que essa política merecerá não só a consideração do País, mas também o aplauso do Parlamento.

Vozes: — Muito bem.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráftcas que lhe foram enviadas.

Os «apartes» não foram revistos pelos oradores que os fizeram.

O Sr. Cunha Liai:— Começarei por levantar a frase do Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura : «Quem não tem votos, cai».

Sendo S. Ex.a uma estrela de primeira grandeza, tem em sua volta muitos admiradores, que o não deixavam ouvir as minhas palavras, quando o interrompi.

O orador não pôde ser ouvido devidamente na passagem seguinte do seu dis-cnrso.

Diário da Câmara dos Deputados

O Orador: — Nós temos tido sempre a coragem de falar ao País e dizer a verdade, o se estivéssemos no Poder teria-mos a mesma coragem.

Temos este prazer espiritual de dizer-ao País todas as verdades, e numa dessas ocasiões é que eu pronunciei a palavra «burra» que tão reeditada foi pelo próprio Ministro e até nessa tourada de Vila Franca.

Pois eu levantarei a frase «burra», e sempre estarei em defeza dela.

Não há burro que não defenda a sua burra. (Vários apartes'},

Eu desejava que o Sr. Ministro da Agricultura- me ouvisse, mas se S. Ex.a não quiser, não faz mal; eu daqui falo para o País.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Eu estou ouvindo V. Ex.a

Muitos apartes.

O Sr. Presidente: —Se V. Ex.a, Sr. Cunha Liai, se dirigisse à Presidência, já não seria interrompido.

O Sr. Júlio Martins:—V. Ex.a, Sr. Presidente, tem obrigação de chamar a atenção do Sr. Ministro da Agricultura.

Muitos apartes.

O Orador: — Não faz mal que o Sr. Ministro da Agricultura não me preste atenção; ea já tenho demonstrado que, querendo, sei ir de norte a sul, falar ao País.

Os jornais, e principalmente A Manhã, anunciavam para hoje importantes revelações do Sr. Presidente do Ministério, e, afinal, S. Ex.a trouxe só um pedido de lata autorização, referindo-nos que não há carvão, nem azeite, nem açúcar, cousas que nós já sabemos pela nossa cozinheira.

S. Ex.a veio aqui apontar os erres dos antigos Ministros.