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•direi que tive ensejo de reconhecer que efectivamente se trabalha com inteligência, acerto e amor na lavoura nacional.-.Muito prazer isso mo causou, pois que da lavoura é que nos hâ-do vir uma situação mais desafogada.

Também o Sr. Júlio Martins se referiu ao que eu disse quando tomei posso da pasta da Agricultura, levantando a minha expressão: «que eu não queria que houvesse empenhes pelo men Ministério».

Já tive a honra de explicar esta frase, j •a-propósito duma pregunta do meu ilus-. ire antecessor o Sr. João Gonçalves.

Fui membro da comissão do inquérito íio extinto Ministério dos Abastecimentos, a verifiquei que efectivamente nesse Ministério, não em relação à massa dos funcionários, mas em relação a um ou a outro funcionário, a moralidade não era de molde, a honrar a República.

Tive mesmo ocasião de verificar mais •alguma cousa': que para os fornecimentos de géneros havia empenhes das câmaras municipais e de elementos políti-" cos; e então, falando como falei, quis anunciar que, sendo este Governo sem feição partidária, ele queria apenas fazer administração e não "consentiria que a distribuição de géneros obedecesse a qualquer espécie de interesses particulares ou colectivos.

Sr. Presidente : não é exacto que perante niim se fizessem acusaçõos contra a República nesse almoço da lavoura portuguesa.

Apartes.

O Sr. Júlio Martins (interrompendo):— _A linguagem que consta da local do Diário de Notícias é uma linguagem despejada. Ali se diz que foi afirmado que os homens que defendem a República estão .abaixo

Apartes.

O Sr. Cunha Liai:—Diz-se que os ho-

• mens que defendem a República são uma

• escnmaflia.

Apartes.

O Orador: — Não é exacto que' se fi-•zessem tais acusações, usando-se dessa .linguagem.

Apartes.

Diário da Câmara dos Deputados

\

O Orador: — O Sr. António Maria da Silva, nas suas considerações, explicou agora a sua velha frase de que a República estava ' a saque, dizendo que havia na República gatunos, mas que a República não tinha responsabilidade dessas ga-tunices.

Apartes.

O Sr. Júlio Martins (interrompendo}:— O caso não tem paridade.

Apartes.

Não se pode admitir o que esses indivíduos disseram.

Protestos.

O Orador: — Estejam V. Ex.as tranquilos, que na minha presença tais palavras não foram proferidas, nem cousas semelhantes foram ditas.

Apartes.

O Orador: — O que eu não posso admitir é que me interrompam deste modo. Apartes.

O Sr. Cunha Liai (interrompendo): — É que a sensibilidade de V. Ex.a á muito exagerada.

Apartes.

O Orador: — Eu não admito a V. Ex.a. nem a ninguém que avalie a minha sensibilidade, pois que tenho direito de me fazer ouvir, apesar de eu estar sempre disposto a consentir nos apartes que, com minha licença, me queiram fazer.

A afirmação que fiz, relativamente às referências concretas feitas pelo Sr. Júlio Martins ao Sr. Conde de Azevedo, foi simplesmente a de que o Sr. Conde de Azevedo é um homem cujas qualidades se impõem ao respeito de todos, o que já não 'acontecia com muitos republicanos. Ora esta frase nada tem de afrontosa para a República.