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Sessão de 29 de Julho de 19.0

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Não íoi estudada, mas isso não nos tira o direito de ir buscar o quo devemos ir buscar o que devemos ir buscar às contribuições, sem reduzir à miséria ninguém.

E que há, não os milicianos, mas os «malicianos».

São como certos bens que cantando vão cantando voem.- Não há maneira de a.pa-nhar esses «malicianos».

Ainda me reservo, porventura, o direito de apresentar algumas das propostas enunciadas na declaração ministerial, porque antes de subir ao Governo já tinha o conhecimento das medidas do Sr. Pina Lopes.

O empréstimo viria, não para fazer notas, mas para medidas de fomento (Apoiados} para fazer caminhos de ferro em Angola, (Apoiados) para que os transportes que lá existem pudessem vir à metrópole (Apoiados).

E preciso que as colónias prestem o ruxílio que devem prestar.

Quero que na metrópole se façam todas as obras necessárias em que o Estado tenha quo intervir.

Na realização do problema agrícola, dos caminhos do ferro e do hidráulica está o rejuvenescimento do País e a nossa regeneração financeira.

Queria fazê-lo, o tinha direito a fazê:lo e obrigação, por palavras proferidas em público que obrigam, e em que desaparecia o significado político.

Desejava que realmente a obra dos republicanos fosse duradoura.

Era isso que me dava direito não só ao respeito, mas ao desejo sincero de que realmente a obra feita por republicanos fosse diguificadora.

Os factos,infelizmente, têm comprovado mais duma vez, que ,na minha vida pública não tenho que me arrepender.

Eu sempre tive um grande amor ao meu País, o tenho demonstrado ter pouco amor à vida.

Pouco me importam as situações de momento;' o que me importa ó que o País progrida.

Eu sói que tenho sido caluniado de detentor do Poder no País, mas todos sabem que isso não é verdade, principalmente aqueles a quem eu não exitéi em aportar a mão naquele hora em que era preciso defender a República.

Com respeito à situação financeira eu direi ao Sr. Brito Camacho o verdadeiro estado em que nos encontramos, citando os números.

. Não quero tomar muito tempo à Câmara, por isso resumirei as minhas considerações.

Embora não estejam apuradas as receitas, é legítimo supor que a nossa assistência financeira é perto de 11:000.000 de libras, que ao par fazem 49:050 contos.

Quore dizer, no estado actual do câmbio, se conseguirmos obter da Alemanha aquilo que ela nos deve, não chegará para cobrir esse déficit.

Sr. Presidente: em 30 de Junho de 1920 o excesso de despesa devia ser qualquer cousa como 444:000 contos, e mais 11:000.000 de libras, representando neste momento a assistência da Inglaterra, conforme com ela for acordado.

O Sr. Brito Camacho (interrompendo):— V. Ex.a dá-me licença? Ainda há bem pouco tempo um dos Ministros das Finanças nie dava um número aproximado de 16.000:000 e outro dava-me 18:000.000.

O Orador : —Daí V. Ex.a verifica a razão capital por que eu tenho andado a berrar, permitam-me V. Ex.as a frase pouco parlamentar, para que as contas se acertem e se deixe de mistificações. Assim, nós dizemos que se gastam 15:000 contos com serviços económicos, quando afinal as contas são muito diversas as verbas.

Eu vou mostrar à Câmara alguns números relativos à crise. V. Ex.as vêem que os números das receitas e despesas do guerra permitem ajuizar dos homens públicos.: de levar as responsabilidades a quem de facto as tem, e de dar autoridade àqueles que de longo tempo vêm dizendo que é necessário reduzir as despesas o mais possível. Porque notem V. Ex.as que uma redução mesmo de 100 contos dá uma grande autoridade moral para o Governo poder comprimir na medida que quiser. Já então se pode apresentar o argumento de compressão e pedir o que for necessário àqueles que têm dinheiro»