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Diário da Câmara dos Deputados-

quo ele devo, mas sem perseguições, nem vexames, que são desnecessários e perturbam tudo, V. Ex.a" sabe que se conseguirá o máximo possível..

Eu falei com toda o honradez e clareza aos homens que representam as. forças vivas, e alguns disseram-me, porque alguns são meus amigos, que sendo representantes de diversas associações industriais e comerciais, estavam- prontos a dar-me a sua colaboração, espontaneamente, A-isto que eu lhes tinha falado claramente.

"Entreguei-lhes a pauta. Ela está feita, e eu só mandei tributar mais a. taxa dos automóveis, povqu-e entendo que o mínimo que deve pagar um automóvel é 600$ ou 700$, porque quem compra neste mo-' monto um automóvel', e com o preço que a gasolina está, dá bem um indicador seguro de que pode pagar. (Apoiados}.

f\ Sabe V. Ex-.a', Sr. Presidente, que me respondeu a Associação Comercial? Que concordava absolutamente. E quando eu tinha este vago receio, que também o tinha o Director Geral das Alfândegas, embora não o tivesse tanto o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que é um comeroialista notável, vi quo as assoclci-ções comerciais estavam de acordo comigo. E essa pauta modificada representa 10:000 contos, que- são alguma cousa neste momento-.

Nós não temo a tempo para esperar; temos de fechar a- Câmara, por algum.- tempo, mas temos de a abrir- em Outubro.

Ê preciso dizer ao país o que se pensa, e isto não é paleio.

Pois bem, por- uma proposta que eu tinha-, a contribuição industrial, na© exagero, dava 80:000 contos--.

Nós; precisamos apresenta*? uma, forma de-contribuição-, mas scientífifca, e nãoi uma forma empírica, como geralmente se faz.

Nósi precisamos arranjar bases-por um cadastro'geométrico; para isso-otavam di-nlieino que- chegasse.

E preciso que todos se compenetrem que é indispensável, e assim o pensaram para aumento, do vencimento da polícia e aumento do número de gu-ardas, pois a guarda republicana tem um papel diferente da polícia- cívica.

É preciso fazer uma estatística a valer da propriedade rural, nã'o- como- essas aí-estão feitas».

Também lhos p.reguntei o que pensavam em relação ao problema de subsis-téncias e- se queriam tornar comigo a responsabilidade do declarar-se livre o comércio neste momento. Responderam que nã'o.

O homem público que neste momento declarasse livro o comércio seria quási criminoso.

Argumenta se muito- com a lei da oferta e da procura. ^ Como querem- que se dê essa- lei' se não há facilidades de transportes ?

Sr. Presidentes o sistema niixfr» é o-único aceitável nesta hora.

Muito desejamos que o Governo não se limite àquelas considerações* ligeiras que-foz. E necessário-dizer mais.

Não me repugna votar a autorização pedida. Desejo, porém, que o Governo me- diga porque escolheu o dia- 31- de Janeiro para termo da autorização solicitada ao Parlamento.

Não foi por certo pela solenidade-daquele dia.

Pareciarme bastante ser até 2 de Dezembro, dada a hipótese de se cometer o crime de não- se reabrirem as Câmaras antes- daquela data em que reúnem por direito próprio.

Mas, seja como for, multiplicar a produção é cousa que se não pode fazer à semelhança do milagre dos peixes.

O problema ó muito complexo e tenho afirmado isto no poder e fora dele;

Não há Governo nenhum qne possa impedir essa obra dignifieadora- que o Parlamento tem de realizar. • Espero que- o&. homens que estão no Poder, de- quem nunca me pude separar, como bons republicanos^ não me dêem esse enor-me-desgosto-. Espero- que esses homens, de quem toda- a- minha vida fui amigo-, não- usem d'o- golpe d'a dissolução, imanente sobre um Parlamento que tem a rara virtude de se não deixar comprar (Apoiados], Parlamento que não agrada a alguns-, porque sempre repeliu todas- as tentativas-- d'e suborno, não deixando- passar certas propostas.

Sabem perfeitamente, qne algumas têm de 'ser modificadas;