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Seftsào fa 29 de Julho de Í920

Não quero que se diga acerca dessa | proposta o que lá fora se diz à boca pé- j queua.

Se esses navios forem concedidos pelo Estado, é necessário que concorra quem quiser. (Apoiados}. O problema dos trans-. portes tem de ser resolvido no Parlamen- | to, pois que, por sua parte, ele concorrerá para. se resolver o problema financeiro . !

Também se podem realizar operações ; financeiras com os caminhos de ierro, os ! foros e os tabacos. '

Podemos tirar algum lucro do aumento j ao preço do tabaco que mandamos para | Espanha, e o Governo de que eu fazia j parte tinha propostas de lei quo. seriam j úteis ao País. j

Entendo que se deve esquecer a pró- j veniência política dos homens que estão j no Poder, desde que eles queiram traba- | lhar para o bem do País, c tornem efec- j tivos os seus pensamentos honrados.

Só assim daremos exemplos de que dignificamos a República.

O Governo .que se senta naquelas cadeiras tem toda a autoridade para indicar as diversas soluções,.'porque procura resolver os problemas instantes que se encontram em equação neste momento. Só assim poderemos saber se devemos, ou não, dar o nosso apoio.

O discurso serei publicado na integra quando restituir, revistas, as notas taqui-gráUcas que lhe foram enviadas.

O Sr. Jaime de Sous.a : — Por parte da comissão de Marinha, mando para a Mesa o parecer sobre a proposta de lei promovendo por distinção os sobroviventes do caça-minas Augusto de Castilho.

Mando também o parecer da comissão de finanças sobre taxas em portos artificiais.

Os parewres vão adiante por extracto.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Sr. Presidente: desejo tanto quanto possível responder concrçtamente às considerações do Sr. Júlio Martins e do Sr» António Maria da Silva.

Antes de mais atida, quero agradecer ao Sr. António Maria da Silva as saudações por S. Ex,a dirigidas ao Governo; as mesmas saudações que eu dirigi do

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meu lugar de Deputado ao Governo presidido por S. Ex.a

Não quero discutir novamente as razões por que caiu o gabinete do Sr. Au-tónio Maria da Silva, e porque eu fui encarregado de organizar Governo; mas como S. Ex.a acabou de dizer que quem não tem votos cai, eu não posso deixar de aludir ao caso.

Sr. Presidente: o Governo a que presidia o Sr. António Maria da Silva pediu a demissão por julgar que não era apoiado por uma maioria suficiente no Parlamento. O Governo a que eu tenho a honra de presidir, no dia em que não se vir apoiado no Parlamento por uma suficiente maioria, seguirá, repito, o procedimento do Governo do Sr. António Maria da Silva, pois em tais condições é esse o único caminho que devem seguir os Governos.

Mais nada.

Sr. Presidente: tendo o Sr. Júlio Martins feito referência ao que eu disse na reunião dos lavradores realizada ontem em Vila Franca de Xira, cumpre-me declarar que eu falei ali na amnistia nos mesmos termos em que sObre ela falei, tanto na Câmara-dos Deputados como no Senado. Nos mosmos termos, Sr. Presidente !

A razão que ao Parlamento aleguei sobre a inoportunidade dessa amnistia foi a que apresentei no banquete daquele cer-tanaen agrícola. Não dei outra razão nem outra resposta.

E mais, Sr. Presidente: de.clar-ei que os meus sentimentos pessoais em nada valiam na minha acção ministerial, pois quo< ês,te Governo n&0 está no Poder para seguir um programa pessoal ou mesmo partidário. Este Governo assumiu as res-ponsabilidades do Podor Executivo para numa obra de. conciliação, e n^ medida das suas forças, salvar a República das tremendas dificuldades presentes.