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ÍSetsão de 29 de Julho de

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deram, por isso, a sua qualidade de homens honestos.

Folgo, porem, em repetir que da parte da lavoura eu encontrei o mais decidido empenho em colaborar com a República na solução dos momentosos problemas desta hora, empenho que igualmente notei em todas as organizações económicas do País.

Conto, pois, com o apoio do todos estes organismos, apoio indispensável a este ou a qualquer outro Governo que esteja disposto a governar com a nação, acabando duma vez para sempre com a perniciosa distinção entre a vontade republicana e a vontade nacional. (Muitos apoiados).

Depois, eu não podia negar a esses homens o direito, do se pronunciarem a favor da amnistia, pela mesma razão que o não neguei aos do Porto quando desejaram pronunciar-se contra ela. (Muitos -apomdos).

E obrigação do Governo ouvir as diferentes correntes de opinião, porque lhe incumbe o dever de se colocar acima delas, seguindo apenas o único caminho que o País indicar. (Muitos apoiados],

Doutra .forma eu não governo, nem sei governar.

Sr. Presidente: creio ter mostrado, na minha nua exposição, a situação em que se encontra o País e o Governo, em relação ao capítulo das subsistências, e, muito especialmente, ao capítulo dos abastecimentos.

Fiz uma exposição singular, e foi com sinceridade absoluta da minha parte que eu declarei que estava convencido de que os meus antecessores, quando promulgaram os decretos que não conseguiram resolver a questão, o tinham feito convictos que prestavam um benefício à nação.

O que há a discutir não são os homens, são as situações.

S. Ex.a certamente leu o programa do Governo e deveria ter verificado que o Governo, não é pela liberdade do comércio como também não é pela restrição; apenas seguirá o caminho médio. Isto é, usará da liberdade do comércio em relação aos géneros para os quais a restrição represente inconvenientes. e o mesmo critério seguirá quanto aos artigos que a liberdade do comércio não possa ser aplicada.

Em questão de princípios estamos de • acordo, e dificilmente se encontrará um homem de opinião contrária a não ser, porventura, que ele pretenda realizar urna, obra do modificação dê sociedade. Porém,, dentro da República, dentro de uma sociedade burguesa, repito, não se encontrará um homem público que tenha outra.-orientação.

Sobre a questão do carvão, o Sr. António Maria da Silva disse que o primeiro acto do seu Governo foi mandar sair do^ j Barreiro todo o carvão que lá se encon-j trava; pois no primeiro dia que eu entrei, no meu Ministério dei ordem para transportar para Lisboa todo o carvão que no-sul se encontrava.

O Sr. António Maria da Silva foi buscar o carvão, nós teremos de ir buscar o^ pão. (Apoiados).

Não usaremos outro procedimento que não seja aquele que for ditado pela lei..

Os Governos caem por falta do maioria, mas não têm o direito de criar dificuldades aos que lhes sucedem.

Se este Governo quisesse manter-se nas cadeiras do Poder, contra a opinião-pública, contra indicações parlamentares,, toda a resistôncia era legítima.

O Sr. António Maria da Silva disse que era 'preciso falar com franqueza, c com honradez à nação.

Por minha parte, não sei usar de outra, linguagem.

S. Ex.a íez uma larga dissertação financeira, erudita e documentada, e ainda. uma dissertação inspirada nos intuitos mais nobres de impor à consideração do País, a administração republicana, em' face dos seus resultados. Esses intuitos,. devo dizer, devem animara todos nós, porque todos somos obrigados a servir a República, e a demonstrar que as calúnias que se têm vindo assacando à República, não têm base nem fundamento.

Mas, Sr. Presidente, concordando eu, em grande parte, eom as considerações por S. Ex.a produzidas, tenho a dizer ao País que elas são incompletas.

Aparte do Sr.. António Maria da. Silva, que não se ouviu.

O Orador:--Ponhamos o problema com franqueza e honradez.