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.Sessão, de 39 de Julho de

a par .da constatação que laçam de quaisquer factos que necessitem ser remediados, nos apresentem a enumeração das medidas que têm por convenientes 'adoptar, apontando simultaneamente as consequências que prevêm da aplicação dessas mesmas medidas.

Vou terminar. Sou um homem cheio de energia o de fé. Luto por princípio, por •temperamento e por sistema. Desgosta-me o facto de ver que ,se vai ptira as cadeiras do Poder .sem a consciência das responsabilidades da .hora presente.

S.e S.. Ex.n conhece, saberá qual -é a razão porque nós toleramos OB liberais.

Mas, vamos à questão. Sobre a política de trigos vêem-nos .dizer que o País não pode com o encargo de 50:000 contos que o Estado -perde com o fornecimento desse cereal.

Mas isso toda a gente sab.e. Não constitui novidade para ninguém.

Não basta, porém, fazer uma afirmação tani v.aga, lani fácil ^que estaria bem na boca de qualquer crítico de café, mas que não é suficientemene 'clara na boca dum Ministro das Finanças, que ,tem obrigação -de dizer claramente .ao País não só a situação em "que ele se 'encontra, mas ainda quais os medidas que julga necessário pôr em execução, quais os planos que possui, dando, assim, um pouco de esperança e tranquilidade & todos -nós.

Eu não vejo maneira, mesmo que adoptemos os dois tipos de pão, de 'S.olucionar o problema -sem elevar o ;seu preço. Todavia das bancadas ministeriais nada se nos diz de concreto e positivo.

Ora eu entendo que os homens públi cos, quando se .'adiam aptos a .empunhar as rédeas do Governo, devem ter sobre governação ideas assentes, conhecer a situação .do País e possuir planos de acção e n'ão tomar conta do Poder apenas para registarem os factos e virem aq.ui, quais gramofones, reproduzir pelas .mesmas palavras aquilo qne os directores gerais lhes meteram na cabeça.

Assim as declarações feitas pelo Sr» António Cranjo não mo aquentam nem sue íirroícntaii' — permitas se aio a t\xpres-

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são— Que a situação é grave, to d a .^.gente o sente. No emtanto .não saíram da boca de S. Ex.a palavras de esperança, de tranquilidade ou de incitamento ao trabalho.

O Partido Popular, já o afirmou ontem o seu ilustre chefe, não vota a proposta, e não a vota por simples politiquice, mas porque entende que o Pais, tantas vezes ludibriado por governos incompetentes, não o deve -ser mais uma vez. (Apoiados).

O discurso, revisto pelo orador, será publicado -na íntegra quando S. Ex.a de r&olver, revistas, as notas-taquigràficas que lhe foram enviadas.

Os apartes não foram revistos p elos oradores que os -fizeram.

O Sr. Manuel José da 'Silva (Oliveira de Azeméis): — Podia julgar-me dispensado de entrar no debate, visto quo sobre Gle se pronunciaram já o ilustre chefe do Partido "Popular, e estrela de primeira grandeza do Partido Popular, o Sr. Cunha Liai.

Apesar de tudo, a questão, a meu ver, não está devidamente esclarecida.

Antes de entrar nas minhas considerações, permita-me V. Ex.a que diga ao •Sr. .Presidente do Ministério que a -única autorização que neste momento lhe dou, é conceder-lhe um permis para que S. Ex.a, -stm autorização prévia, possa interromper-me quando Queira.

Feita esta declaração, vou dar começo às minhas considerações.

Eu já -sabia que o Br. António Granjo, -ao 'constituir o -seu GovCrno, não tinha tido como 'fim encontrar a sokição dos problemas -pendentes, mormente o da agricultura. Se tivesse lido a preocupação de ao sentax-se nas cadeiras do Poder ter -solução para esses problemas pendentes, decerto 'n'ão tinha resolvido formar Gabinete nas condições em que formou, transigindo, revelando a contradição de afirmações passadas, para resolver o problema político português.

Mas esqueceu as suas afirmações para entrar num conluio político.

Em nome do Governo, S. Ex.a vem hoje à Câmara apresentar um pedido de ' auiorrziiyãu 20 sentido -de rosolvnr as questões pendentes sobre subsistências.