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rã o giro actual,. não porque; a. sua quantidade-seja pe.quena para o negócio que se faz em Portugal, mas.- para. a maior parte1 das necessidades.

Estão metidas- essas notas na algibeira de muita gente que vai para o- estrangeiro, servindo p.ara negócio e várias especulações.

Estão; aqui na nossa vizinha Espanha, como há gente, que leva co.nto,s e contos de réis pana o. estrangeiro não se sabe para quê.

Melhor era que- o S.r. Ministro das Finanças estudasse uma forma de fazer regressar ao lar ê&te papel, apondo-lhe na sua efígie um. sinal característico, fazendo com que os portadores dele, sem esse. sinal, tivessem só dois caminhos a seguir: ou pô-las no banco para esse- sinal, ou fazê-las: diminuir do seu valor- ficando, em sen poder, diminuindo assim a circularão fiduciária.

Este é um problema a estudar com mais cautela: obter o regresso ao lar destas notas, e, creio que será fácil ao Sr. Ministro das Finanças encontrar um meio indirecto, que conduza, à mesma solução.

Depois é indispensável que o Governo traga as medidas 0,110 entenda essenciais fazer votar na Gamara, votando-se primeiro o- Orçamento, porque não, entendo que se comecem a votar, na Câmara me-'didas financeiras sem fixação das despesas em relação às receitas.

É -a aprovação do Orçamento uma obrigação, para a República, e pana., os. EGr publicaaos : é indispensável que a República se reponha, no estado em que- estar vá em 1914,, mantendo o escrúpulo de não passar do 3O de Junho sem votar-os. orçamentos, ainda que fosse às 3 horas* da manhã,

Entendoí que isso é indispensável medida, e creio. qí.ie se^ poderá votar-ao menos cerlo, número de medidas, que desafoguem a situação financeira do. Estado..

Custa.-me ousar dizer, como todos dizem, que estamos.» numa situação^ financeira desesperada, com o daficti que conhecemos.

N&o, compreendo como poderemos passar três meses sem. orçamento, e som) me* didai nenhnma que aumente um centavo; às receitas d.o. Estado.

Eu. creio essencial absolutamente-,, primeiro, a. votação dos orçamentos para se

Diário-da Câmara dos D.eputadtiê

estudar nitidamente, a situação financeira do país, e depois votar as medidas de finanças, pedindo aos contribuintes-, c.om toda a durez-a-, aquilo que- eles possam-pagar, e principalmente aos que mais1. têm, como se está fazendo em1 todos os-países, para olhar à sua situação econór mica e financiera, não, havendo motivo para que isso se não faça em Portugal;

Tais. são os me.us; pontos de vista, não. tendo dúvida em apr.o-var quaisquer medidas que traduzam aumento de receita*,, desde que os seus pontos de vista não sejam antagónicos aos meus, que são bem largos,- pois quero a tributação da riqueza onde exista, e tanto mais quanto ola for maio.r.

Mas Y.. Ex.a sabe que o lançamento de contribuições não ó cousa que se faça. de ânimo leve, porque a imposição desses impostos não se pode fazer de modo a perturbar o desenvolvimento económico e com-ercial, e por isso mesmo levo a minha orientação para impostos de rendimento e, para impostos que recaiam sobre fortunas individuais, quando cesse ávida daqueles que tinham- essa fortuna, e que só por- uma autorização do Estado ela passe, pa.ua a mão de outrem.

Não devemos lançar impostos que- alterem a vida do pais economicamente considerada, nem a vida da sua. socie-' dade.

Acho- essencial que antes de- se. apresentar, tais medidas se diga ao- país. o que sexái necessário, para pagar as grandes despesas: que se têm feito» com. as-subsistôncias e se continuarão a fazer.

Um outro facto censurável se teni dado, qual é o Estado- ter feito requisições sem ter, pago um vintém/ como* s.e- o produtoit, para fazer a produção, não necessitasse-de capitais.

As subsistência s- foram requisitadas, pelo» E&tado',. considerando e fazendo depositários- desses- produtos os seus donos, mandando-os esperar sobre esses produtos uma ordem demorada, que1 murca chega, e não pagando o Estado um. vintém.