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Sessão de 30 de Julho de 1920

possível para Portugal, e é o que estão fazendo.

Isto"quc eu digo relativamente ao açúcar e ao milho, significa que a legislação em vigor com os embaraços que dela resultam, só serve para complicar ainda mais o problema das subsistências?, pois que embora elas tenham um preço relativamente barato, ó certo é que o seu desaparecimento é cada vez mais acentuado.

Além disso ou entendo que o Governo se deve munir dos suficientes stocks de géneros para os poder distribuir eficazmente o por uma forma regular, acabando duma vez para sempre com as bichas.

Nós somos hoje o único país que ainda não conseguiu encontrar um processo de distribuição quanto possível exacto e regular.

Fui sempre, e ainda hoje sou, polo sistema das cartas de racionamento, mas por esta forma ou por outra qualquer o que é preciso é criar um processo do distribuição que não represento, como o das bichas, um enorme mal estar.

Eu sei, por exemplo, que o açúcar importado não é suficiente para o nosso consumo, mas sei também que se a sua distribuição tivesse sido regulada, a sua falta, ainda assim não se faria sentir tanto como de facto se sente.

O açúcar há-de cada vez subir mais porque o preço dos açúcares sobo cm toda a parte por uma forma sensível.

Nós ver-nos-emos, por isso obrigados a alterar a tabelagern estabelecida, tabela-gem que podia trazer um prejuízo de cerca de 2:500 contos para as receitas alfandegárias, sem vantagem para o consumidor, nem para o Estado.

Essa perda não se deu porque o Estado, seguindo um regime que tem sido também uma das grandes causas do agravamento da crise de subsistências, resolveu não cumprir essa parte do acordo.

Sem que, portanto, todas as entidades cumpram integralmente aquilo a que se obrigam não há possibilidade de resolver uma questão grave como esta.

Eu estou convencido de que com respeito a um certo número de subsistências o Governo lerá meio, com medidas estudadas convenientemente, do resolver o problema em Portugal, não poderei dizer com abatimento nos preços, porque os preços es-

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tão ainda crescendo o porventura alguns terão ainda de elevar-se fatalmente, para que possamos ter todos essas subsistências e produtos de que carecemos e porque o Estado não pode estar a sofrer a perda de muitos milhares de contos para manter a todas as subsistências o preço aproximado ao anterior à guerra ou mesmo ao de 1917 ou 1918, o que seria absurdo tanto mais num país que ainda não recorreu nem quere recorrei1, o agora mesmo parece que também não chegámos a isso, ao aumento das suas contribuições e à criação de contribuições novas que deôm ao Estado uma situação mais desafogada que actualmente tem.

Não vi bem a proposta de autofização apresentada, pelo Governo, mas quis-me parecer que a autorização concedida se refere principalmente a todas as medidas a tomar em face da crise económica, porque creio que as outras medidas, referentes à questão cambial, à. questão de importação c exportação estão numa outra autorização qu<_ à='à' a='a' os='os' crise.='crise.' e='e' várias='várias' vigor='vigor' em='em' medidas='medidas' poderão='poderão' ainda='ainda' sombra='sombra' p='p' continua='continua' essa='essa' tomar='tomar' governos='governos' qual='qual' atenuar='atenuar' tendentes='tendentes' da='da'>

Eu mantenho a mesma opinião que aqui tenho sempre expendido de que não há meios directos para resolver a crise cambial o que a diminuição da nossa circulação fiduciária nada influirá para a melhoria 'dessa situação.

Eu tive uma ilusão imaginando que a propaganda a favor das nossas colónias se traduziria num acorrer de capitais portugueses para o melhoramento das condições económicas de Portugal.

Infelizmente estou hoje quási convencido de que esses capitais servirão unicamente para uma especulação financeira. (Apoiados). Transmissíveis como-são certos títulos de propriedades fornecidos por entidades que se apresentam como capitalistas para realizar negócios em África, pretende-se que esses papéis passem de mão em mão atingindo verdadeiros valores fabulosos.