O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24

Como-o Estado quási sempre não se acautelava com as cláusulas precisas para na hipótese do não cumprimento do contrato chamar o adjudicatário à responsabilidade vimos que por' vezes o Estado não tinha nos seus portos a quantidade necessária de trigo.

Viu-se por vezes que muitos desses fornecedores de trigo que o Estado escolhia como sendo os mais idóneos eram precisamente aqueles que pelo seu passado e em matéria de propostas relativas a contratos com o Estado, deviam estar inibidos de entrar em negociações com o Estado.

Viu-se que por vezes essas propostas não eram as melhores em preço e quali-,dade de género ; contudo, os Poderes Públicos, só pela simples desejo de patrocinarem um qualquer recomendado faziam a redacção das propostas neste ou naquele sentido.

Hoje não se sabe -a quem pedir respon-sabilidades pelo desvio de documentos.

0 Estado, em matéria de trigos, tem vindo atravessando uma situação de dificuldades sempre crescente.

Por vezes a eulpa não era só dos partidários, a culpa não era só do Estado, a culpa era tarn somente dos governos que não sabiam onde ir buscar a mercadoria, onde transportá-la, nem como pagá-la.

Disse o Sr. António Granjo que só temos trigo até os primeiros dias de Agosto, se porventura não for autorizado a publicar medidas urgentes que resolvam a situação.

<íMas p='p' razão='razão' governo='governo' tempo='tempo' há='há' adquiriu='adquiriu' trigo='trigo' não='não' mais='mais' porque='porque' o='o'>

1 Então os governos não podem dispensar os intermediários lançando mão dos agentes consulares para colher as necessárias informações e obter trigo?

fs O que é feito desse caudal de ouro que a Agência Financial tem drenado para Portugal e que podia ser aplicado na compra do cereal?

O Sr. Presidente do Ministério falou ontem na questão dos tabacos, encarando-a pelo lado financeiro, visto que até agora esta .questão ainda não foi encarada pelos governos sob o ponto de vista económico. Tem-se feito a importação de tabaco estrangeiro para ocorrei1 às necessidades da Nação, e até hoje o Governo não procurou obstar à saída do ouro.

Diário da Câmara, dos Deputados

Conhece o Senado muito superficialmente é certo, este e outros 'problemas, mas não poderá solucioná-los porque está em situação de não poder dar-lhes a devida solução.

Sobre o problema geral das subsistên-cias disse o Governo que estava disposto a explicar ao País as dificuldades em que nos encontramos e os remédios que necessitava empregar. -

Se aquilo que o Governo tenciona fazer é o que tem deixado antever das palavras do Sr. Presidente do Ministério,' desde já lhe digo que o melhor ó abandonar as cadeiras do Poder.

Seguindo este caminho, o Sr. Presidente do Ministério, não só prestará um serviço ao País. como ainda evitará que os homens que o acompanham se coloquem em situação mais melindrosa do que a que já tem. Abandone o Poder por que assim talvez consiga que daqui a alguns dias já ninguém se lembre das mostras de incompetôncia que o Governo nos tem dado.

£ Como dar autorizações a um Governo que não sabemos o que quero? j Ele próprio não subo o quo quero!

O Sr. Cunha Liai: — Sabe ! Quere ser Governo. Isto é já alguma cousa.

O Orador : — É bom lembrar o papel que até- hoje e por virtude de autorizações idênticas,, os Governos têm desempenhado.

Ainda não vai longe o que se passou com a convenção comercial com a França.

Foi, Sr. Presidente, precisamente ao abrigo da lei n.° 882 feita nos mesmos termos em que está a proposta apresentada pelo Sr. Presidente do Ministério, que um Ministro dos Negócios Estrangeiros, esquecendo .o verdadeiro interesse nacional, foi de abalada até o estrangeiro negociar uma convenção ruinosa, criando para Portugal uma situação de melindro tal que não sei ainda hoje, por falta de elementos, até que ponto irá esse melindre.

Foi posta essa convenção em vigor, por meio dum decreto feito em ditadura.