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Diário da Câmara dos Deputadas

Pensei. por consequência, na tabelagem, esperançado ein que o produto baixasse, e procurei a criação dum determinado produto, cheviote ou estambre, produto nacional, não de fantasia, de forma a ser apresentável e barato, deixando para as fábricas as maiores compensações naqueles artigos de fantasia. 'Mas não tive oportunidade para tabelar as lãs — não sei mesmo qual foi o resultado do meu anúncio sobre a tabelagem— porque já estava passado o tempo paira isso.,

•Sobre o leite cheguei a lavrar o decreto, mas a situação'era tal que não pude publicar a lei porque não havia elementos para isso.

E claro está que depois desse produto, ia para a tabelagem da manteiga e produtos similares.

Relativamente ao açúcar disse o Sr. Presidente do Ministério que não o tínhamos para Lisboa e Porto. Eu devo dizer a V. Ex.a que, se não fui m ai informado, se as informações oficiais são de aceitar, me foi assegurado que o açúcar para Lisboa e para o Porto ainda dava para um mês, contanto que se restringissem as re-inssas para as câmaras municipais. Mas eu procurei saber ao certo as quantidades disponíveis que existiam, mas encontrei--me em tais embaraços, que não p.nde colher elementos para isso.

jDe forma que trabalha-se sobre o açu-ca.r um pouco à ventura!

Em qualquer casa de boa escrita, entra-se lá, vê-se o que existe, sabe a gente orientar-se.

Em casas de finanças avariadas e má escrita, não sabemos para que lado nos havemos de voltar.

Eu devo dizer a V. Ex.a que para me inteirar ao certo do que havia sobre o açúcar, eu chamei a rnirn os importadores do açúcar da costa ocidental e preguntei-4kes os motivos porque não vinha açúcar para a metrópole, foi-me asseverado que por falta de transportes ó (que isso se dava.

•Devo dizer com respeito ao açúcar que se não podia ir buscar à costa ocidental, nem à costa oriental. Os importadores de África diziam que não tinham transportes.

Interrupção.

O Orador: — Já que me falam assim, direi que pelo Ministério das Colónias se

deviam ter dado ordens inteligentes, para os governadores das colónias mandarem, para a metrópole todo o açúcar.

O Sr. Amaral Reis (interrompendo)'.— O açúcar não vem para a metrópole, porque os proprietários de África não o deixam vir.

Posso informar V. Ex.:' 'de que algumas toneladas de açúcar tem sido exportado para outros países.

Posso apresentar dados estatísticos interessantes sobre a exportação de açúcar da nO'Ssa África para o estrangeiro.

O Orador: — Devo dizer que fui procurado por um representante da casa Sousa. Lara que me disse ter no Zaire 400 toneladas de açúcar para carregar, mas que-Ihe faltava vapor.

O Sr. Amaral Reis (interrompendo): — Posso assegurar a V. Ex.a que em 1918 se produziram na África Oriental 8:000 000 de quilogramas, dos quais 600:000. foram para o Transvaal.

O Orador:—É preciso proceder contra os governadores.

O Sr. Amaral Reis: — Os proprietários e agricultores de África vendem o açúcar para o estrangeiro e depois alegiim não-terem transportes pára o conduzir à metrópole.

O Orador: — Então prendem-se.

O Sr. Amaral Reis:—Prendê-los? Eles cada vez são mais apoiados pelos Governos.

Os Governos dão apoio a todas as fraudes que os agricultores africanos queiram praticar.

O Orador : — Os proprietários africanos, alegam a falta de transportes.

O Sr. Ladislau Batalha: — Em África não há estradas carreteiras.

O Sr. Amaral Reis:—Todas as fábrica^ de açúcar em África são nas costas. Estão juntas aos portos de mar.