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Sessão de 3 de Ayosto de 1920

rando diminuir esta febre de muito ganhar que há-de fatalmente lançar-nos numa grande fogueira em que nos queimemos todos.

O Sr. Júlio Martins: — Isto anda num mar de rosas.

O Orador:—*Não tenho dúvida de dizer a V. Ex.a que precisávamos entrar num regime de concorrência completa.

O comércio importador apresentava a factura da sua mercadoria, e sempre que entendesse conveniente aproveitar-se dessa mercadoria, adquiria-se até 50 por cento da quantidade importada, pagando-se ao preço da factura, valendo-se de todos os elementos.

Eu faria também o seguinte:

O comércio livre poderia pôr preços rnais elevados e aí iriam as classes abastadas e as classes pobres iriam às casas •do Governo; e por esta forina acabava com as bichas.

Aqui tem V. Ex.a o que eu fazia e seria servido pelo alto comércio.

V. Ex.as entendem outra cousa, porque não apresentam medidas nesse sentido.

Õ Sr. Santos Graça: — É esse o único regime que pode melhorar esta situação.

O Orador: — Eu não ficava por aí. O que fazia para os produtos estrangeiros, fazia para os produtos nacionais.

As ideas. não são só minhas, alguém veio ao meu encontro.

Não costumo enfeitar-me com o trabalho que não seja meu.

Esse alguém foi o meu amigo Machado Santos que me disse o que se estava fazendo em Itália sobre a distribuição de produtos.

Diversos apartes.

O Estado podia entrar em sociedade •com o importador desde que fosse fixado o preço da mercadoria.

Não podia haver fraude nem vonder-se por um preço mais alto pois estava fixado na mercadoria, por meio da factura.

O Sr. Raul Tamagnioi: se poder falsificar.

•Há forma de i

•:—Sim, mas também a penalidade devia ser tal, que não deixaria vontade do continuar.

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V. Ex.a sabe o que sucede com as cooperativas em que os próprios sócios silo os primeiros a fazerem-se comerciantes.

Falando há dias com uni dos directores duma importante cooperativa ele disse que não tinha artigos em depósito pcrque os sócios pediam géneros a mais do que. precisavam.

Havia ainda uma outra medida a tomar, como em Inglaterra, onde se faz uma política de cooperação com os Bancos co brando eles uma determinada quantia a título de percentagem.

Eu desejava, como disse, uma política, j de cooperação, a fim de que todas as classes pudessem ser abastecidas.

Uma parte do 'meu programa económico não foi presente ao Conselho de Ministros. Assim, por exemplo eu tinha um projecto ora que se estabelecia as condições do exercício do comércio, e que não foi trazido à luz porque a crise política do Gabinete se declarou.

Voltando um pouco atrás das minhas ; considerações, eu vou referir-me ao azeite. Sobre este assunto eu recebi reclamações acerca da deficiência das tabelas.

Falando, eu disse que da próxima colheita eu ficaria com 50 por cento e o restante seria para compensar os produtores dos possíveis prejuízos.

Elos disseram que sim, que concordavam, mas mostraram-se receosos de que amanhã outro viesse em meu lugar e não mantivesse essa norma.

Eu tenho informações de que a próxima colheita de azeite deve ser muito escassa e talvez seja necessário recorrermos aos produtos sucedâneos do azeite, como se faz lá fora.

Com respeito ao-café eu vejo a necessidade de o destabelar visto no mercado ele estar mais barato- do que a tabela. Nós temos no País elementos de correcção para uma alta de café, refiro-me ao. café do Eio de Janeiro, porque eu requisitaria, sempre que o preço tivesse uma alta, uma*parto desse café.

Desde já eu previno o Governo de que se acautele com ôsse café porque haja quem o queira .obter.