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Sessão de 4 de Ayosto dz 1920

^er organizado, dá resultados negativos, ^acilitando a fuga dos góncros para alem- ' -frcntoiras.

Na liberdade do comércio, teni-se sempre mantido o critério da valorização dos produtos, como se vivêssemos num regime de moeda forte, quando a verdade é que, quer os Governos queiram quer não, ; desde há um tempo a esta parte que Portugal vive era pleno regime de moeda i fraca. :

As declarações feitas pelo Sr. António ' Graujo, precisam ser devidamente esclarecidas.

è Vai S. Ex.'"1 enfrentar o problema da liberdade de comércio enveredando pelo campo da valorização dos produtos?

No caso afirmativo, está S. Ex.n disposto a permitir a alta do salário proporcional à elevação do preço do produto? Evidentemente - que se o trabalhador ganhar um vencimento que esteja cm relação ao aumento do custo de vida, aumento feito unicamente com o fim-de impedir a saida dos produtos alimentícios, esse facto não pode assustar ninguém,

A verdade é que o Sr. Presidente cio Ministério, fal qual como os seus antecessores, parece receoso de separar a questão económica da questão política.

<_ p='p' decretar='decretar' mínimo='mínimo' pré='pré' salário='salário' ex.a='ex.a' tendo='tendo' do='do' s.='s.' princípio='princípio' o='o'>

• Se S. Ex.a não tiver coragem para apresentar ao Parlamento uma proposta do lei estabelecendo o princípio do salário mínimo, concorrerá para que os lavradores e industriais arrecadem nos seus cofres o dinheiro do povo.

Os defensores do actual regime capitalista não se têm preocupado, nem um só momento, orn estabelecer o salário mínimo^ e se o Governo o não decretar, após a valorização do produto, dar-so há uma grave perturbação do norte ao sul do País. Espero que o Sr. Presidente do Ministério me responda, porque eu quero ir amanhã para os comícios dizer ao povo se S. Ex.a tem, ou não, pontos de vista aceitáveis^

Com a mesma coragem que neguei a minha confiança a S. Ex.a, quero dizer ao pOA-o que pode esperar qualquer cousa de aproveitável da parte do Sr. Presidente do Governo.

E preciso elevar o salário ao operário, é preciso aumentar os vencimentos aos

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funcionários civis e militares. Viram já V. Ex.as como a classe dos sargentos se manifestou nas galerias desta Câmara, o eu tenho informações do que o funcionalismo público não está disposto a suportar por mais tempo o encarecimento da vida.

Tive a coragem de estabelecer o princípio do salário mínimo, fundamental, so-i cialista.

; O Sr. Cunha Liai: —O Sr. Presidente do Ministério espera que caia o maná do ; céu.

j O Sr. Presidente do Ministério e M.nis-• tro da Agricultura (António Granjo): — j Seria a forma de o Sr. Cunha Liai resoi-| ver o assunto.

l O Orador: — Devo dizer que tenho sem-l pré a coragem de afirmar o que sinto. : O Sr. Presidente do Ministério, para j mini, estabelecendo o critério que expôs, tem sido até hoje o único ministro com. coragem do encarar o problema, mio de j frente, mas sob o aspecto burguês unicamente.

O Sr. Ladislau Batalha:—E vão aprcs-i sar os assaltos.

| O Orador: — Não há dúvida.

i A liberdade do comércio não tem ra-

! zão de sor neste momento.

! Por consequência todos os outros mi-

1 nistros, que têm tentado decretar a liber-

| dade do comércio dentro do critério pe-

' queno do País poder abastecer-se com os

| produtos que produzimos, têm alcançado

| es resultados a que temos assistido.

j A situação é levantar os salários.

S. Ex.a tom a coragem do o fazer e a inteligência precisa para saber como deve fazer a liberdade do comércio.

O Sr. Ladislau Batalha: — E deve ter j dinheiro nos cofres para essa despesa. ; Interrupção do Sr. Mem Verdial.

í

' O Orador:—Só os princípios socialis-

i tas são fundamentalmente j ustos.

' V. Ex.as vêem niuiío bem. Só i reítude

i L

! estabelecer o salário mínimo, permite a

1 convulsão.