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Síssflo de 16 de Acosto de

tíido lhes dá, é, sem sombra de dúvida, lazer má administração.

Eu disse isto quando aqui ino apresentei, e declarei qnc ia seguir nina administração bom diferente da que se tem seguido ato agora, para que o Estado não perdesse 5 réis em pão.

E fácil. Sr. Presidente, fazer política económica e financeira, gastando o país ÕO:OOU ou 80:000 contos para agradar a qiaisquer corrilhos políticos, mas eu não im presto a isso, porque, acima do quaisquer interesses políticos, quero fazer uma a Im ilustração de benefício para a nação, não mo importando com qne a minha situação política ou partidária, rfique prejudicada.

Sr. Presidente, nestas condições, eu trouxe à Câmara uma proposta de lei, dando ao Ministro da Agricultura uma autorização, que já foi aprovada nesta Câmara, após um longo debate, tendo eu previamente elucidado a Câmara da situação aflitiva do país.

Esta proposta sobre os créditos não é mais do que a consequência imediata da aprovação, por p arte do Parlamento, dessa autorização- Eu praticaria um erro de •ofício, praticaria um erro palmar, que ao mesmo tempo significaria uma falta de coragem, se dissesse que para acudir à crise económica e à criso das subsistência s, bastariam créditos limitados dentro do novo orçamento em quantia que não fosse suficiente para o Estado fazer as suas compras, na baixa, de forma a acabar com este regime de ruína c vergonha em que nos encontramos com conhecimento de todos o com arrependimento de todos.

Sr. Presidente, a verba orçamentada não foi inscrita no orçamento com o fim de o Go vôr no usar dela para compras, porque quem fez o orçamento sabia bem que não era com 15:000 contos, que se compravam os géneros indispensáveis ao país.

Esses 15:000 contos é a previsão da perda.

Ora, Sr. Presidente, são precisos, portanto, créditos suficientes para que as compras se possam fazer som intermediários, ainda que isso pese a alguém. (Apoiados.

Apartes,

: • Se as forças ;

vivas permitirem»

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O Orador: — Bem pior que as forças vivas são certos influentes que têm rodeado o Estado e que encontram às vezes uma entrada fácil nas repartições públicas.

Trocam-se apartes.

O Sr. Presidente: — Peço ordem..

O Orador: — Sr. Presidente, não posso fazer questão política nem a faria jamais sobre uni assunto de carácter meramente administrativo, rnas não posso deixar de dizer que se concordasse com uma limitação de créditos, que não serviria para realizar ôste pensamento administrativo que é aliás o pensamento da Câmara, praticaria um crasso e enorme ôrro administrativo.

A Câmara, na sua alta sabedoria, que fixe esse crédito, eu não tenho elementos para o fixar. Se a Câmara ou alguém tem elementos para fixar esses créditos, o Go-vêrno administrará dentro dessa quantia fixada; os prejuízos que depois adviereni não serão da responsabilidade do GovGr-nov

Apartes.

O Orador: — O que é lamentável ó que se possa imaginar que um Governo usando desta autorização para compra de sub-sistências, para debelar a crise económica, que o Governo vai usar desse crédito em beneficio da Associação Comercial, como disse o Sr. Júlio Martins, em benefício de casas comerciais, como disse o Sr. António Maria da Silva.

Sr. Presidente, parece-me que mereço pelo menos dos meus concidadãos esta justiça: é que sou um homem de mãos limpas. (Apoiados).

Quando outras criaturas levam uma vida fácil e folgada, eu tenho levado uma vida inteira de trabalho e o pouco que tenho devo-o ao meu esforço. (Apoiados).