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Diário da Câmara

Acabem e

Não, Sr. Presidente. Entregar »a resolução do proMenm dos víveres .-a um -comissariado enfeudado é Associação Comercial,, àquela Associação .queperemptoriamente sdecl-arou não acatar as leis da JJepúbKca, nem: pagar .os impostos; -sem se proceder previamente à compressão das despesas públicas e à redução dos quadros do funcionalismo ft sem q>ue o Governo expusesse qual .a, trajectória, é tudo* quanto há de mais espantoso e ina-crcditárel. -^Então os homens da Associação Comercial mudaram tam rapidamente de idcas? ^.Então as condições cm'que se encontra o país não são lioje o que eram ontem? ,;Tlá ou não um pk.no pa-cientemente estudado da .parte das chamadas forças vivas, há ou não uma 'acção ordenada dentro da qual elas pretendem jugular todas «s pnerpias nacionais para se transformarem em .senhores absolutos disto tudo? ^Podemos nós ficar calados perante-todos estes apavorantes sintomas de ssmagamento?

Diz o Sr. António Granjo quo o Poder .Executivo fiscalizará; mas 'fiscalizará o -quô? Abrem-se créditos a favor desta ou .da.quo.la entidade e o Governo fiscaltzar-á. diz S. Ex.a; jmias como é que o Governo fiscaliza e o que fiscaliza ele? Quero di-zer o Governo passa/a ser -simplesmente .um carimbo d.o Sr. Álvaro de Lacerda e da Associação Comercial. (Apoiados).

Mas há mais. ,Quem faz as-tabelas?

>E a Associa-ção Comercial?

Ê o -Ministro?

O Comissário de Abastecimentos diz-4he que abra .um crédito a ''favor desta .«•u daquela casa, -e o ''Ministro não vai discutir com ele, o então, com .o .critério dia moralidade comercial, que o^Sr. Brito Cam-acho assinalou -nes-te Parlamento, eu presunto—<_.o administração='administração' _.qnie-será='_.qnie-será'>«do Estado?

.Mas o :que é mais eiíiiaiordinário, é xpe o--Sr.-'Ministro.da Agricultura, venha com,

••a.-argumentação do :q,ue se passa nas:administrações dos países estrangeiros, • qaiando essa 'argumentação cai pela base.

|Mas o que é mais extraordinário ainda, ó porventura a nomeação dos comissários l

Nomeando esses -comissários,, ^para que é então o luxo dum Governo?

^"Para que é 4er onze homens sentados nas ordeiras do Ministério-?

çí.Quando -se -apresenta um orçamento não se fixam as verbas de despesas .-aal-culadas ?

^Para ;que existem os orçamentos?

•Sr. Presidente, nós durante >a guerra fixámos créditos de milhares 'de contos, -e ORtá bem que.-assim se Afizesse para se poder realizar ;a mobilização.

.Eu ainda admitia que o Governo pedisse ôss-e crédito, dizendo os fins a q.ue o destinava, mas pedir -uma .-cousa vaga, sem se dizer o fim destinado, não .pode ser.

Diz o Governo que quere comprar os .géneros na biiixa; mas -se todos comprassem na baixa, t n do ia para a allii.

Compra-se quando só pode.

^Por.que não vai o Governo estudar com as respectivas comissões a maneira como só fazem esses contratos de compra s ?

Não, -Sr. António Granjo, a função de governar não é pedir créditos extraordinários para os entregar a comissários nomeados pelos diferentes Ministérios, nem para os entregar 'ao Sr. Lacerda.

Digo-com toda a franq-ueza e lialdade a -S. Ex.£ que clOsse modo não votarei -a sua proposta. (Apoiados),

O orador não reviu.

O Sr. António Maria ;da --Sihia:—:lía última-sessão-desta Câmara'ti vê a-honra de usar da palavra para analisar a doutrina da proposta apresentada pela Sr.. Presidente do Ministério e que é também, :da responsabilidade do Sr. ^Ministro 'das Finanças, respeitante à abertura de créditos que -são, como já disse, ilimitados. Fiz -esta afirmativa :e ela não foi 'contes-tada. nem mesmo o poderia ter sido. 'Soquem não'soubesse ler é que era capaz de tPr a coragem, que :se traduziria nu-ma audácia, de dizer que gemelhan-tes crédi-•tos -não .eram ilimitados.