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SetiSo de 17 ele Agoito de Í920

Como habilidade política, foi arrebata da sobro os ombros do Partido Democrático a responsabilidade da autorização.

Para alegar: «Os Srs. não permitiram que gastasse mais largamente, porque eram insuficientes as verbas que me concedi-rum».

O Partido Democrático foi hábil, chamando sobre si a responsabilidade.

Não dizendo o Governo a quantia precisa, a responsabilidade cai íntegra sobre o Parlamento.

O Parlamento é que deve dizer:

— O .Sr. Ministro tem obrigação de apresentar a estatística do que carece.

Tem de rreeisar a verba.

Não pode sor outra a atitude do Parlamento. Os interesses da Pátria que representamos assim o de'ermiuam.

Convidamos, pois, o Sr. Ministro a apresentai a sua proposta de lei precisando a quantia necessária.

O Pari ido Popular não pode votar a proposta apresentada pelo Sr. Dominguos dos Santos, e convida o Sr. Presidente do Ministério a dizer qual a sua opinião sobre a verba necessária, e se acha conveniente ou não, e se concorda com ela ou não. (Apoiados}.

Q Sr. Plínio Siiva:—Não me honrou o Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura com a resposta às pregun-tas concretas que lhe apresentei.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Graujo),— Estou ainda a tempo.

O Orador: — Se V. Ex.& me permite desisto da palavra para ouvir o Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Augusto D'as da Silva:—Estava ao Senado e por isso não pude usar da palavra na devida altura, quando V. Ex.a ma «eu, para a generalidade da proposta»

Mas na especialidade, e porquo existe OTO a proposta do Sr» Domingues dos Santos, quero dizer que a minoria socialista não concorda com a propostas porquanto ala, aeiia tem imoral ditapoF Q Govâimo a

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gastar 15:000.0005, como n.no limitar o crédito a esse mesmo Governo.

Não se admite o critério do actual Governo entregando aos representantes da Associação Comercial, representantes do comércio emfim, â solução do problema dos abastecimentos ou barateamento da vida.

Não podamos autorizar verbas, a não ser talqualmente como foi expuMO tanto pelo Partido Popular como pelo Democrático.

lí estar a avolumar o Caos, que é avolumar a desordem.

Estou eonveneido que ha-de dar-se.

Não posso acreditar nem nenhum socialista pode acreditar que as sanirnes-sujras do país o possam salvar, honu ns que até hoje têni depauperado a classe trabalhadora.

O Sr. Sá Pereira (aparte): — São autênticas quadrilhas.

O Orador: — Têm só por fim lançar o país para a ruína.

Não haverá dúvida do lhe votar a proposta, mas duma forma mais lata para, tocar a responsabilidade a queiu deva.

O Sr. Domingu.es dos Santos:—V. Ex.a está falando contra a organização do Partido ...

O Orador: — Não estou. É uma derivação. O Partido é isto que pensa. Isto não é habilidade política.

É preciso que o país se desiluda destas criaturas. Tenho a convicção de que este Governo nâ"o está muito tempo no Poder, o outro virá fazer o que fez o Sr. João Luís Ricardo.

Nós precisamos dizer que, não aprovando cousa alguma, estamos dispostos a votar a proposta do Governo exactamente para que as responsabilidades todas lhos possam ser assacadas.

O Sr. Pres;dente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjoi: — Depois do debate travado em volta da minha proposta de lei, parece-me que está suficientemente esclarecido.