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da Ó amar a dos h

tes oradores, c por isso não vnlia a pona vir eu agora prender por alguni tempo as atenções da Câmara.

Mas o assunto é da máxima importância pela sua natureza, e ainda porque dalgum modo se prende com a vida do Ministério.

Dadas as declarações qne acaba de fazer o Sr. Presidente do Ministério, julgo necessário entrar no debate.

S. Ex.a declarou que o Governo viverá, administrando dentro dos recursos que o Parlamento lhe tiver concedido.

Por consequência, tocarão ao Parlamento as responsabilidades da má administração que se faça por meio de créditos ilimitados, deixando naturalmente ao Parlamento as responsabilidades duma possível má administração, por falta dos créditos necessários.

Nestas condições, o assunto deixa de me interessar pelo seu aspecto político, embora continue a mteressar-nie"pelo aspecto da alimentação pública.

Também eu uão tenho simpatias pelos créditos ilimitados, que supõem sempre uma confiança iliuiituda que dificilmente se pode conceder a alguém; mas, nas condições em que esta proposta veio ao Parlamento, difícil era ao Sr. Ministro da Agricultura limitar o seu crédito, o daí o desejo de S. Ex.íl dar inteira liberdade à Câmara sobre esse limite, com a* correlativas responsabilidades de tal atitude. Como S. Ex.a acabou de dizfr há pouco, nós devemos ~ ter este ano um defidt cerealífero de 200 milhões de quilogramas.

Quere dizer: nós não temos trigo para mais de seis meses.

Eu reconheço que há um pouco de optimismo neste cálculo, pois que, conjugando todas as informações que tivo ocasião de colher, eu sou levado a crer que nós nem para esses seis meses temos trigo suficiente, mesmo recorrendo a artifícios legítimos, fazendo misturas higienicamente permitidas de substâncias panificáveis. Mas, admitindo a hipótese, temos de adquirir trigo para seis m<_-ses p='p' sejam='sejam' de='de' milhões='milhões' ou='ou' _200='_200' quilogramas.='quilogramas.'>

Supondo que encontramos alguém que tenha a generosidade de no-lo vender barato, não podemos despender menos de 80:000 contos. E agora eu pregunto se a Câmara, que nfto quere votar um crédito

ilimitado, está disposta a votar um cré-d to tarn grande como esse. O limite mínimo deveria ser então de 80:000 contos, mas entre o apresentar um crédito destes e o doixar inteira liberdade à Câmara, o Sr. Presidente do Ministério fez a única cuusa que tinha 'a fazer : abster-se de fixar um limite (Não apoiados).

Era minha intenção, logo que o Governo, desde a primeira hora, afirmou, pelo menos a mim, que não fazia questão política da sua proposta de créditos ilimitados, pois desejava apenas que o habilitassem a governar durante o interregno parlamentar, promover a apresentação duma proposta limitando esses créditos.

O Governo não tem apenas de pagar os produtos que vai adquirir, mas jiinda de pagar, em matéria do cereais, pelo menos, 12:000 contos ; 9:000 contos dum crédito que não foi ainda liquidado e pé-quenas parcelas que giram entre 3:000 0:000 contos, que estão igualmente pagar.

O Sr. Júlio Martins: — O Sr. Presidente do Ministério é que nos devia dar esses esclarecimentos. Assim é só V. Ex.a que o sabe,

O Orador: — E porque o sei ó qu« o digo.

Quere dizor : o Governo só para pagai' fornecimentos, qne não realizou, tem de despender a quantia fixada na pro|K>!-ta do Sr. Domingues dos Santos. E eu pregunto então se o Governo fica habilitado a comprar,, não digo já 200 milhõeí? de quilogramas de trigo para o consumo de seis meses, mas, ao menos, o suficiente para três dias . • .

O Sr. Cunha Liai:— V, Kx.a está a justificar plenamente a nossa atitude do oposição,

O Orador: — A cresce ainda um pouco a dificuldade de fixar números a tal respeito, porquanto, tratando-se de produtos adquiridos no estrangeiro, e, por con-seqúôncia, a pagar em ouro, se não pode estabelecer um limite, visto que essas mercadorias variam de preço a todo o momento.