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qual a forma de tornar efectiva essa responsabilidade, em cat>o de fracasso.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Tomo não só a 'responsabilidade como Ministro, mas como parlamentar.

O Orador: — O caso ó este. A Câmara, que representa o país, vota ôste crédito, mas a quem?

O crédito não ó votado ao Sr. António Granjo mas sim ao Governo. Ora S. Ex.a é honradíssimo, toda a Câmara presta inteira justiça à .sua reconhecida honestidade.

O pior ó que S. Ex,a amanhã pode ser substituído pôr outro Ministro que, em vez de um poço de honra como S. Ex,a, seja antes um poço de perversidade e de prevaricação, fazendo um uso indigno desses dinheiros, o que não seria uniu cousa nova.

Repito, o crédito votado a favor do Governo do Sr. Antóu o Granjo está bem; mas se pelos azares da roleta política S. Ex.a cai e entra outra pessoa que não tenha a sua honestidade, então o Parlamento tora ocasião de verificar que não fez senão «ma tolice votando esse crédito.

Se S. Ex.a tem a dignidade suficiente para assumir a responsabilidade dos seus actos, muita gente há que nSo respondo nem tom respondido por actos praticados no Poder em prejuízo da nação que, tole* rando tudo, se vai deixando arrastar para um cataclismo irremediável.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Protesto contra isso. Desafio V. Ex.a. ou seja quem for a que me prove que dentro da República os seus Ministros não se tenham sempre responsabilizado inteiramente pelos seus actos.

O Orador: — Eu qnero referir-me às solenes roubalheiras que aqui tom sido apontadas.

Assistimos aqui à questão dum celebro arroz que desapareceu com o dinheiro quo a 6Íe se destinava.

E as

O Sr.

O Orador: — j Feliz República que não tem tido senão homens hout-slut». homens de bciêucial e atinai estamos na desgraça, na miséria e ua fome. Grandes estadistas, grandes homens de saber que afinal têm condu/ido o país à desgraça extrema em que se encontra.

jíi horrível ! Isto não faz sentido I

2 tocam-se apartes.

O Orador: — Nós, socialistas, temos um ponto de \ista mais largo.

Gostava de saber o que o Sr. Presidente do Ministério, ele que ali no seu fau-teuil de Deputado já fez profissão de fé rasgadamente socialista, gostava de saber, repito, o que S. Ex.a diria dos Altos Comissários e dos créditos ilimitados se ainda ali estivesse neste momento.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — A Câmara tom votado com a responsabilidade de todos os lados da Câmara.

O Orador: — O convencimento dos so-cialisms é de que, se iisto até agora tem ido mal, cada dia, cada hora irá a pior.

Não pretendemos por forma alguma criar dificuldades ao andamento dos Governos; o que não queremos, porém, é que quando chegue o. desastre que se avizinha, V. Ex.as possam dizer que foi daqui, deste lado, que os ajudaram a conduzir o país à extrema ruína.

Nós somos de opinião de que os créditos devem ser limitados, e V. Ex.^ já os limitou a 80:OuO contos, o que aliás já devoria ter feito há mais tempo, para evitar esta larga discussão.

Houve primeiro quem o limitasse a 30:000 contos.

Quem o limitou também foi o Sr. Brito Camacho que o pôs em 50:000 i Quere dizer, isto é como num leilão, 30:000 contos, 50:000 contos, 80:000 contos, quem dá mais?

Dou-lho uma, dou-lhe duas. . . Está em praça o crédito d© PoFttífçai . . ,

Isto é a perfeita liquidaçSs da c-ocicda-