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eronismo, visto que o me.ii decreto era aiitorior ao outro similar da Espanha.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo) (interrompendo): --?Perdão! Eu achei es&a frase muito adequada ao caso 6 compreendi bem o sentido dás palavrão de V. Ex.*

O Orador: — Dada esta explicação . ft .Câmara, que lha era devida, ou vou entrar propriamente na discussão desta proposta de lei.

Disse o Sr. Presidente do Ministério qno ia para a restrição.

Isso só é pouco; necessitamos mais de intensificar á produção.

S* Ex.a afio se aflige eóra a alta dos salários; também a mini hão mo afligiria essa alta se ela estivesse em proporção cora a produção.

Sucede ainda, quo aumentados os salários, os vencimentos dos funcionários pú blicos terão fatal monte de ser olevados, e eu pregunto ao Sr. Presidente do Ministério onde é que S, Jíx,a vai buscar o dinheiro.

S. Ex.a disse qne nfto se opunha ao aumento de salários. Afectivamente caminhamos para aí,

Dteom que a vida encarece e que se nfio tomam as medidas indispensáveis ao seu travão.

Todas aquelas criaturas que no fundo Mo amam a República dizem quo é necessário comprimir as despesas, fazer uma boa administração. Estamos a fazer o jogo dessas criaturas, porque se não pensa na maneira de resolver o problema.

E assim o encarecimento continua.

O Governo, flão comprimindo as despesas, faz o jogo desses indivíduos que estão fazendo chantage, quando pedem mo ralidade na administração da República.

Assistimos indiferentemente à diminuição das horas i\r trabalho, a diminuição da produção e à alia dos salários.

É preciso fa/er, o que prego há muito. Que todos os homens dos partidos se concertem para a elaboração dum plano de ordem económica e financeira.

O Governo quo assim proceder atrairá sobre si enorme força.

Só assim só conseguirá a diminuição dos salários que irará, coiiio consequente ro-, a diminuição do custo Ua A ida,

Diário

pela diminuição do preço do carvão, do algodão, de outros produtos indispensáveis e do p roço do trigo e outros et -roais.

O Sr. António Granjo não tem querido proceder assim.

S. Kx.a obstou a qne se seguisse nesta política que conduziria à salvação da República.

S. Ex.n entendeu ser necessário resolver primeiro a questão política, ficando para depois a resolução dus outras questões.

A dissolução só resolvia o problema partidário.

É preciso que todos os homens da República^ se, unam pura realizarem no Poder a doutrina que venho pregando há muito tempo. Só assim caminharemos para a* obra que o país espera.

Assim satisfaremos Os funcionários públicos qui- estão reduzido-* à miséria.

Assim desaparecerão imediatamente os queixumes que por toda a parto se erguem.

Tenho autoridade para lhe fazer sentir nesta hora amargurada.

S. Ex.a imaginou que o Poder era mais dôoo, mas afinal tem muito veneno.

S. Ex.;i procedeu como se não tivesse responsabilidade, procedeu como uma criança ...

O Sr. Presidente do Min;stério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Procedi da mosmnf orina que V. Ex.a está procedendo ugora.

O Orãdcf : — Eii estou a dizer verdades que V. Ex.a tem de ouvir com o respeito que me deve.

Se temos procedido de outra forma já tínhamos a tributação que devíamos ter. Tínhamos a autoridade dó fazer empréstimos sem a consignação que agora é necessário.

Tínhamos o crédito no estrangeiro . . .

O Sr. Leio Portela: — Sim, isso depois de V. Ex.a dizer que o país estava a saque.

O Orador: — V. Ex.a há-do. saber quanta autoridade eu tenho para tiizor essas palavras. Eu posso provar o que disse, por números.

Do que nós precisamos ó duma política honesta e republicana, mas tomos foito uma política de retaliações. . .