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Sessão de 18 de Agosto de 1920

Uma voz:—Então é fazer votar primeiro as outras propostas!

O Orador: —... o que logicamente se concluiria das minhas palavras de agora e das minhas declarações de há poucos dias é que entendo ser preciso não se interromper a discussão de modo a o Estado poder ocorrer a despesas volumosas, para as quais só o empréstimo pode servir, estando a ele ligado a proposta relativa à contribuição predial.

Uma voz: — j Pois se a proposta da contribuição predial ó a melhor garantia do empréstimo! . . .

O Orador: — Era talvez preferível entregar, nas mãos de certos indivíduos e como garantia do empréstimo, o imposto do selo de que o Estado necessita.

Isto foi'pedido e não foi dado, porque nessa ocasião as notas andavam aos pontapés pela Rua dos Capelistas.

A contribuição predial continua a ser cobrada pelo Estado e a dar entrada nos seus cofres e apenas nós, portugueses, declaramos aos tomadores do papel que lhes damos esta garantia.

Uma voz: —Esse pouco!

O Orador: — Esse pouco é o que prometem os homens honrados que têm de pagar e que querem pagar.

Sussurro.

O Orador:—Posta esta trovoada de lado, pois não é assim que se resolvem questões desta natureza, passemos a ver se alguma das propostas apresentadas para substituir a minha é melhor do que ela, desejando desde já declarar que, se assim for, a aceitarei gostosamente, pois nenhuma obsessão me turva o espírito.

Nunca me inculquei para pasta alguma, nem mesmo para a das Finanças em que alguma cousa poderia talvez fazer, porque a estes assuntos me tenho dedicado com amor, tendo em minha casa muitos e volumosos estudos como, por exemplo, a remodelação complota do nosso sistema tributário. Mas, só tais trabalhos não possuísse, tinha à minha disposição os de Barros Queiroz e José Barbosa, ©m cuja

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Não sou na República um parvenu, Sr.. Presidente! Venho do tempo da propaganda e, se me sinto bem entre os republicanos novos, tenho sempre um prazer imenso em me encontrar junto dos antigos, como Barros Queiroz e José Barbosa, com quem formava, por assim dizer,, um grupo de três irmãos que se deram as mãos para o estudo dos problemas-económicos que ao nosso país interessam.

Eu trouxe à Câmara uma proposta, declarando logo quo aceitava todas as emendas que V. Ex.as se dignassem propor.

O Sr. Júlio Martins:—V. Ex.a, na própria lei, diz que as estivas camarárias não-são o que deviam ser.

O Orador:—Agradeço a V. Ex.a o ter-me interrompido, pois veio em men, auxílio. O verbo está no futuro, e diz: «serão».

Essas estivas têm de ser modificadas^ pois são as estivas de 1914, que eu considero más e as pessoas que as conhecem dizem que sim. Ponham mais 50 ou 60 por cento, isso nada prejudica a fórmula.

No projecto há a válvula de segurança, no artigo 10.° Se for preciso faz-se mais-alguma cousa para ficar menos iníqua.

Já tenho reflectido no pensamento do-Sr. António Fonseca, que determina o valor de P.

Nós temos todos os elementos para não. falsear o valor de P. Há-de ficar um P decente.