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Sessão de 18 de Agosto de 1920

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pio, cortiça? Eu pregunto se este homem do arroz não esfregaria as mãos de contente, para ficar bem triste aquele homem da cortiça? Eu direi a V. Ex.a que esta iniquidade é tam grande que, apesar de V. Ex.as serem representantes da Nação, «u; não quero crer que representem a íiigritíultura portuguesa. E se V. Ex.as lerem as reclamações da Associação df* Agricultura, verão que esta organização, defensora eluita dos interesses da agricultura, nEo faz à minha fórmula .referência nenhuma; pelo contrário, indica apenas qne, quando se tocar nas suas contribuições, se siga um dado raciocínio, que ó realmente o raciocínio que eu sigo na minha fórmula. E mais do que isso—o este é um argumeuto que tem força especia-líssima para mim, embora não a tenha para V. Ex.ai

As palavras da Associação de Agricultura representam uma alusão forte, ó verdade, mas do certo modo justa, à pouca preocupação de se proceder a uma indispensável e criteriosa compressão das despesas públicas, reduzindo-as ao estritamente necessário. Essa alusão, porôm, nSo me atinge; a Câmara que meta a mão na coLsciência e reconheça que a culpa é sua em parte, pois teve largo tempo para discutir as propostas quo, nesse sentido, lho foram apresentadas pelo Podor Executivo.

A Associação de Agricultura também não pode a multiplicação por um determinado factor, porque isso seria uma denúncia muito sintomática de que nã,o estava disposta a pagar. Essa é a fórmula do projecto do Sr. Cunha Liai. E agora vejam V. Ex.as a monstruosidade que resultaria da adopção dum tal critério, multiplicando por um número constante aplicado indistintamente a todo o país. Tamanha iniquidade nem sequer era cometida na proposta do Sr. António Fonseca. Essa multiplicação não satisfaria nem a cultu-. rã, nem a região, porque era feita positivamente às cogas. *

Quanto ao Douro, estou disposto a proceder de íorma a evitar todas as injustiças.

O Sr. Presidente: — Faltam apenas 5 minutos para se encerrar a sessão. Se V. Ex.a quiser, pode ficar com a palavra

reservada.

O Orador: — Dou por terminadas as minhas considerações.

Vozes: — Muito bem. O orador não reviu.

O Sr. .Américo Olavo: — Roqueiro que se prorrogue a sessão, ato se votar a generalidade da proposta em- discussão.

Vozes: sessão.

-Deu a hora de se encerrar &

O ST. Presidente : —Vou consultar a Ccâmnra sobre o requerimento do Sr. Américo Olavo.

Foi rejeitado.

O Sr. Presidente:—A próxima sessão é amanhã às 13 horas.

A ordem do dia ó a de hoje. Está encerrada a sessão. Eram 20 horas.

Documentos enviados para a mesa durante a sessão

Propostas de lei

Do Sr. Ministro das Finanças, organizando o quadro do pessoal íabril da Casa da Moeda e Valores Selados.

Do mesmo, reforçando com 8.600$ a quantia do 13.600$ para «despesas de expediente» das diversas Direcções de Finanças.

Do mosmo, reforçando com 12.000)5 a a verba de 3.340$ inscrita no capítulo 10.° do artigo 43.° da proposta orçamental para 1920-1921.

"" Do mesmo reforçando com 15.000$ a verba de 50.000$ da proposta orçamon-tal para 1918-1919 sob as rubricas «Casa da Moeda e Papel Solado— Oficinas e Armazéns do Selo — Material para labo-ração das oficinas». Aprovada a urgência.

Para a comissão de -finanças.

(\ Parecer