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Diário da Câmara dos Deputados

do Ministério quis referir-se ao meu amigo Cunha Liai, que disse que era necessário que os homens de dinheiro pagassem ao Estado o indispensável e em relação às «•suas fortunas.

Disse-o o meu camarada Cunha Liai, inteligência brilhante desta Câmara (o/?oi'a-dos), que tem estabelecido processos de oposição diferentes, e também de colaboração que o próprio Governo não quis interpretar. (Apoiados).

S. Ex.a afirmou que aqueles que dizem ser as forcas vivas do país, é indispensável que paguem; e que, quando porventura se neguem a pagar, lá estariam as espingardas da guarda republicana para, os obrigar ao pagamento.

Também o disse o Sr. António Granjo:' que para o rigoroso cumprimento da lei, lá existia a força pública.

É indispensável, pois, qu-e quem deve. pagar, pague.

Quando os cidadãos não querem entrai-no rigoroso cumprimento das leis do país. é absolutamente indispensável fazê-los cumprir as leis. Que pague quem deve pagar.

Talvez fosse esto o argumento que S. E.x.a devusse empregar para justificar o pânico que porventura se estabeleceu nos Bancos e na praça de Lisboa.

jOh! Sr. António Granjo, veja bem a situação! Consulte o pensar dessas forças vivas, que verá que não foi pola frase do Sr. Cunha Liai, mas siin pela espccu-lação gananciosa da praça, pela ganância espantosa de abrir créditos a toda agente, que o facto se deu. (Apoiados). Foi pela transigôncia da administração e pola ruína da administração, pela incompetência dessas forças vivas.

Yeja o que se diz por aí fora.

O Sr. António Granjo quis tirar efeitos da frase aqui proferida.

Se, por urna frase do Sr. Cunha Lia], fugiu o dinheiro dos Bancos às forças vivas do País, podomos então orgiilharino-, nos de -ter no nosso seio quem assim faz, movimentar a praça portuguesa e as forças vivas.

Quando o Sr. Ministro das Finanças nos veio a-qui proferir o «não lho bulas Madalena», a praça não bulio; e quando o Sr. Ministro das Finanças disso que a ruína da praça era inevitável e fatal, a praça ealon se.

Não podemos continuar assim. As in-continências de linguagem hão-de acabar, é certo; mas especialmente da parte de quem é responsável. Nós temos uma função de crítica.

Disse o Sr. Presidente do Ministério ter ido assistir a uma reunião dos ferroviários.

A sua administração do Governo, repito, tem. sido nula e prejudicial para o País. •

8. Ex.a, o Sr. António Granjo, disse até, e esta veio escrita nos jornais, que o Estado não precisava dos correios e telégrafos, pois que, apenas com três postos d

Foram estas, Sr. Presidente, as palavras proferidas pelo Sr. Presidente do Ministério.

Isto é inacreditável; mas é a verdade!

S. Ex.:i pretendeu com o discurso .que fez, tirar efeitos políticos, referindo-se a algumas passagens do discurso do meu ilustre camarada e coleira o Sr. Cunha ,Lial; porém, nada nos disse d r» novo que pudesse por qualquer forma js,istificar-se.

Não, Sr. Presidente, o" s te Governo não podi* WULIUT só por mais tom p o no Poder, e isto para bom do País e da Bepública.

Ura Governo que andou d-o braços dados com os meneurs dos grevistas não tem, jjem pode ter, de forma nenhuma, autoridade1 para continuar no Poder.

O Governo, Sr. Presidente, até hoje não teia feito outra cousa senão demonstrar a sua incompetência, não só pelas suas palavras, como pelos seus actos, e como tal mio deve continuar a gerir os destino* do país. Tenho dito. •

O discurso será puklicrtdo na integra revisto pelo orador, quando restituir, revistas, a.s\ notas taquiyráfòcas que lhe foram enviadas.