O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12:

É para notar o seguinte: não ó neces: sário ser grande engenheiro, ou ter conhecimentos de indústria para se conhecer a situação angustiosa por que o País tem passado com respeito ao acréscimo da mão de obra; devido ao aumento dos. salários e ao acréscimo de preço que os i materiais tem tido. Portanto, na hipótese | de que este orçamento foi feito com ver- j dade, preganto a V. Ex.a, se é possível ! que um orçamento feito em 1919, representa agora uma realidade, que se possa efectivar. Certamente que não, visto que os salários subiram mais de 100 por cento e os materiais elevaram-se na mesma, proporção.

Por conseguinte,, se este-orçamento não foi falseado, presentemente, não pode traduzir a verdade.

Nestas circunstâncias pregunto, se o Sr. Ministro da Guerra está convencido de que bastam 160.000$ para a reparação do Parque Automóvel Militar.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ei-beiro) :—Pedi a palavra para fazer algumas observações ao discurso do Sr. Ani-bal Lúcio de Azevedo.

Disse S. Ex.a, a respeito d& automóveis que há muito material armazenado que está a deteriorar-se. Devo dizer que Ôsse material já foi todo retirado -do entreposto. Hoje encontra-se muito material reparado. A sua reparação tem tido a máxima intensidade, mas compreende--se que tratando-se de algumas -centenas de automóveis, a reparação é, demorada, tanto mais. que o: Parque Automóvel Militar encontra-se desfalcado nas suas-verba s, de maneira que se não pode, realizar um fabrico intensivo. Há dívidas avultadas de vários serviços ao Parque Automóvel Militar. De maneira que em quanto -essas dividas não forem satisfeitas, o fabrico não poderá tomar a intensidade que todos desejamos., embora o Parque Automóvel Militar pela estreita; dotação dos seus serviços não possa ter uma vida.industrial tam desafogada, como seria.para' desejar. Não lhe faltam elementos ou bo# vontade dos dirigentes..

Em. vez de se vender o. material no estado, em que se- encontrava, ó preferível vendê-la depois de reparado, porquanto o seu valor é muito maior. S@ se veades-

Diária da, Gamava do» Deputados*

se como estava, teria de se lhe dar o valor do sucata, no que se. perderia muito.

Disse S. Ex.a que o orçamento tal come1 estava não pode ocorrer .às necessidades de agora. Certamente» que a verba pedida há um ano • não pode ser suficiente para a reconstrução completa da G ar age Militar^

Actualmente, Sr. Presidente, não se-pode aumentar essa verba, como seria, para desejar; porém, ela, em meu entender, chega para fazer pelo menos a cobertura desse pavimento, pois, de contrário, outro inverno passará, não resistindo ele.- ao tempo- estragando-se por completo.

Não res.ta dúvida que esse orçamento-foi feito o ano passado e segundo as condições em que se encontrava o Tesouro Público; porém, repito, entendo que mais-vale fazer-se a cobertura da que deixar--se estragar por completo o edifício a qu& me tenho referido.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Lúcio de Azevedo: — Sr. Presidente: prestei a máxima atenção às con-sideraçftes feitas pelo Sr. Ministro da Guerra.

Eu sei, Sr. Presidente, que uma grande quantidade d^ material vindo da França e da Âírica reclama reparações urgen tes para poder depois ser vendido em melhores condições; o que não compreendo, e para isso chamo a atenção de todo o Governo, é que, .havendo muito material consertado e muito por reparar, sé estejam adquirindo automóveis novos.

Não compreendo isto, e é esta a razão porque eu pregunto a V. Ex.a, Sr. Ministro da Guerra,, qual a. razão porque se estão fazendo aquela-s compras.

Contra isto protesto, chamando especialmente paja o. assunto, a atenção do Sr# Ministro da. Guerra.

Dito isto. eu devo dizer à Câmara que» sou muito âmigOi da verdade e assim desejaria q.ne S. Bx»a, o.< Sr. Ministro da> Guerra, tivesse actualizado esta proposta,, pois tenho a certeza de que a v.erba nela-iíidieadâ não- chega nem para metade da obra a realizar;;

O orador, não reviu.