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Se&afa dt 27 ttó- Outubro de 1920

Senador Sr. Jacinto Nunes, o Senado votou urgência para esse projecto, o que implica de certo modo o reconhecimento, se não da sua oportunidade, que pertence ao Governo, o reconhecimento de que a «concessão da amnistia, nesta hora, não repugna à consciência republicana.

Pela minha parte eu posso constatar que a República não sofre perigo ou risco algum com a concessão da amnistia, .antes, Sr. Presidente, nesta hora é necessária a conjugação de esforços- para a resolução dos graves problemas que nos assoberbam.

c Sr. Presidente: a República jamais- se defendeu, ou com palavras ou com invectivas ; ela defendeu-se com bons actos do Governo, defendeu se nào praticando actos de violência desnecessários, nem praticando vexames, que são inúteis.

Aparle do Sr. Cunha Liai.

Assim, Sr. Presidente, o Govôrno entende que chegou a hora de se apagar inteiramente da nossa alma qualquer espécie de ressentimento, de forma a haver um período do tranquilidade e ordem nos •espíritos e nas ruas, condição que èindis-pensavel para toda a Nação se unir, o para assim dar pronta resolução às questões que até hoje, em parte por essa mesma razão, não encontraram solução clara e pronta.

Sr. Presidente: o Governo trazendo ao Parlamento esta proposta cumpre um dever e, ao mesmo, tempo interpreta o •sentir duma Nação inteira.

Sussuros

Trocam-se apartes violentos.

Parece, Sr. Presidente, que sou um traidor à República. Nunca me inculquei «como mártir do dezembrismo, mas bem poucos combateram com a niesma viva fé, com o mesmo risco do que eu, o de-zemlrlsmo.

Sr. Presidente: foi da mi.nhí* torra, foi com elementos de acção que 3ciavam à minha volta, que se fez a única luta ar" inada contra a «Junta Militar», salvando sã honra do exército portuguCs.

Sr. Presidente: tonho, portanto, auto* ridade (Não apoiados e apoJ-ndos), para •que a1? minhas palavras sejam ouvidas «com roopeito; c-? só eattm em OITO, que mo provoír

está em erro (Apoiados), ou do acto que pratica resulta prejuízo para a República ou para a Xação.

A expressão que eu disse levantou protestos duma parte da Câmara, mas eu não quis significar que não houvesse dentro da República alguns elementos que discordassem de tal.

Sr. Presidente: são os próprios j ornais, quo exprimem a opinião da Nação que o dizem.

Vários apartes.

Sr. Presidente, posto isto, mando para a mesa esta proposta, dosejando que ela seja apreciada no seio das respectivas comissões com espírito de clarividência política, com consciência e interesse republicanos, e que esta proposta seja considerada sem paixões nem rancores (Apoiados) porque já ó tempo das paixões se apagarem o os rancores desaparecerem (Apoiados).

Já disse que entendo do meu dever trazer esta proposta à Câmara que não o faço impensadamente, mas com convencimento de que este acto é necessário à República. (Apoiados) (Nào apoiados).

O discurso será publicado na integra quando o orador haja devolvido as notas taquigráficas.

O Sr. António da Fonseca: — Sr. Presidente, eu desejava que V". Ex.a me informasse da razão por que, estando aberto um debate especial sobre 'as declarações do Sr. Ministro das Finanças, esse debate não continuou conforme manda o Regimento.

'Hoje, ao ler a ordem do dia, verifiquei que esse debate não se encontra marcado nela. Desejava saber a razão por que V. Ex.a o retirou da ordem do dia, quan.-do de facto se deveria continuar esse debate. Na hipótese de alguma razão haver, peço o obséquio de mo informar quando entende que o referido debate deverá continuar, visto que não finalizou.

O Sr. Presidente: — Esse debate especial foi encetado na discussão do orça-ssieij.to do Comércio e. . .

O Sr» An*ÓEÍ9 da Fomssca:—-Peço desculpa a Y o Ex.a, mas isso não t agshru