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Sessão de 28 de Outubro de

£ Não haveria quem se contentasse com 4 ou 5 por cento?

j Porque nos querem fazer saudades do tempo em que, ao menos, havia o bom senso de se inventarem sobresdritos do contrato dos tabacos!

Ao mesmo tempo que se fazem estes contratos assim, as Companhias de Caminhos de Ferro, Arsenais do Exército, Transportes Marítimos e Viação vão procurar um fornecedor mais barato.

É claro que os fornecedores habituais perdiam .os seus fregueses.

Isto provêm0 de se fazerem contratos a longo prazo.

Têm de se entregar nas mãos destes.

"Além dos 5 por cento mais 5 por cento.

Deve regular isto em mais 100 ou 105 xelins.

É claro que não há garantia de preço da factura corresponder à verdade. Na factura pode haver um preço que não seja o rial.

Há a acrescentar pelo menos a esses contos, outros 3:000, o que é o esmagamento dos outros contratos.

Terão de se entregar amarrados de pós e mãos, nas mãos destas mãos, não já o máximo, o mínimo é desses 4:000 contos. O máximo irá até onde Deus quiser.

Vantagem para o Estado nenhuma.

Sr. Presidente: o negócio dos trigos ainda não ó conhecido em toda a sua extensão. Havemos de analizá-lo.

O Sr. Ministro veiu garantir-nos que tinha feito uma melindrosa operação. Não teve o cuidado de mandar para a Mesa o contrato, onde podíamos lê-lo com vagar.

Há dias preguntei, para fazerem o favor de me dizerem, se o Sr. Ministro já tinha mandado o contrato. Não o mandou.

Mas há aspectos especiais na questão como vamos expor.

O preço do írete regula por 100 xelins.

Ora eu pregunto ao Sr. Ministro o seguinte : Se se mandar nm vapor à Argentina em lastro e elo vier de lá carregado^ quanto se gasta por tonelada?

Este era o raciocínio que S. Ex.a devia ter feito.

Pode-se argumentar dizendo que não há tonelagem, mas nílo é assim, porque nós temos tonelagem em excesso; mas mesmo que se pagasse o frete, seria muito mais barato, porque pagaríamos em moeda portuguesa o que é importante, porque

representa um milhão de libras que vão lá para fora,

Há pessoas que fazem contratos com o Governo Inglês e conseguem frete mais barato.

O que se fez representa a incompetência dos Governos sob o ponto de vista económico e financeiro.

Este foi o primeiro Crro do Governo, principalmente do Sr. Ministro das Finanças.

Não há maneira de se explicar que, à medida que a produção definha cada vez mais, também cada vez mais necessidade se sente do intermediário. E porquê? Porque o intermediário é bom rapaz, porque o intermediário precisa de viver!

Todos nós sabemos que o sonho dourado dos banqueiros ó a compra dos navios e as principais casas são a Casa Tota e a Nápoles.

Ainda não há dois dias que um financeiro dizia: a j Vamos ao negócio dos navios, que está agora maduro!»

Nós estamos aqui para evitar que o Parlamento se dissolva e para honra da República nós havemos de ir até o fim, para impedir o negócio da navegação.

Houve também uni facto em que o Sr. Ministro foi também omisso; foi quando o Sr. João Gonçalves fez uma -observação a S. Ex.a que fez rebentar —servindo-me da frase de S. Ex.a— aquele petardo ministerial.

Risos.

Justificava-se que S. Ex.a tivesse rebentado antes, visto eu ter sido tam curioso; mas o Sr. João Gonçalves tinha dito uma verdade que ninguém podia negar, pois tinha apresentado uma cousa que, se era conhecida dalguns, por muitos era ignorada.

Toda a gente faria uma baixa de trigo em Março e o que convêm ao contratante ó fazer o contrato antes dessa baixa se dar, e ao Estado só convinha fazerocon trato em "fevereiro. Como V. Ex.as vêem, isto é unia cousa qne não tem Discussão.