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de 5 de Novembro de 1930

encontra, merco da debilidade dos seus detentores, como no caso presente, que dá sempre como resultado pernicioso o alento aos nossos mais irredutíveis inimigos.

Há ainda outra afirmação que não posso deixar de esclarecer.

Dissy-me ontem, aqui, o Sr. Ministro das Colónias que, geralmente, todas as pessoas que não conhecem as colónias, ignoram que, de ordinário, são simples anónimos, criaturas que a dentro dos respectivos meios nada valem, que, ao surgirem qaaisquer questões, se lembram do dirigir cartas ou telegramas a qualquer Deputado das oposicões, pedindo-lhe que dirijam as suas reclamações ao Governo, porventura, até, os seus ataques, ao titular das respectivas pastas.

Já disse, mas não será enfadonho repeti-lo, que, quando faço qualquer aviso ao Poder Central, ou ao levantar algum debate, não o faço por sistema ou prurido oposicionista, 'porque muito mo orgulho de cumprir o nicu dever, mas sempre em defesa dos legítimos direitos dos cidadãos, da justiça, que é posta de lado e postergada, prestando toda a solidariedade aos que a merecem, osforçando-me por bem servir o meu país.

E não dou o direito a quem quer que seja, o no caso sujeito ao Sr. Ministro das Colónias, de tirar ilações acerca das atitudes dos republicanos do S. Tomé, que têm razão para o seu protesto e que merecem a consideração daqueles a quem se dirigem.

A honestidade dos homens não se aquilata pela alta esfera social a que pertencem, como parece concluir-se das palavras do Sr. Ministro, mas dos actos que praticam no sen convívio com os seus semelhantes.

Estamos num século om.qiiB o preconceito ó uma palavra de efeito e só- se impõe como privilégio a honra impoluta.

. E o Sr. Ministro nada teve de opor ao bom conceito e à razão que assiste aos reclamantes da mencionada colónia, que, para terem a minha simpatia e o meu apoio, Ih.es basta o entusiasmo e a fé com que defendam o ideal político que preço-, nizo, quo ó a iLSpúblicn.

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mais cabal conhecimento, porque erz mesmo os apreciei pelos, elementos que forneceu, enxertando, no decurso do bate, como explicação preciosa & c si dente do conflito, uma referencie e larga à greve do funcionalismo colónia, deixando no espírito dos- assistentes a convicção de qpe o governador, Sr_. Velez, se utilizou desses organismos CHL rebeldia, para sustentar e alargar o S«:T prestígio.

Não o acredito nem o admito. E lísút-o a qualquer autoridade 'exercer a st-a iis-fluOncia e empregar os seus bons esforços para resolver satifatóriamente qualquer conflito que surja, mas sem njn;/ isso possa indicar interesses encobertos? ou para que haja o direito de se d£-sTrfi?- • tuarem intenções de bem exerces ©• se:n cargo.

Também o Sr. Ministro pretendc-s fazer blayue, transformando um singelo aei-dente em caso grandemente eomplieacfo>r. i acGrca da intervenção do governador, Sr» l ^relez, na doença presumida do delogacb,, | Sr. Pinheiro da Costa, concluindo por | afirmar que o mencionado governador nSa» j era médico, para proceder a diaguásli-i cos.

Ora, é necessário também desenavsir este episódio, que não tem o pitoreseo que lhe quis incutir o Sr. Mlnistrcy masque decorreu cotp. a maior nataraiMaá®-que pode imaginar-se.

Os documentos são explícitos- & claros.. Deles me socorro para repor os aconís-cimentou na sua verdadeira situaçUa* Ss-não, vejamos.

O delegado Sr. Pinheiro da Costaf pô-las vias competentes, o a reclamação áío& seus superiores hierárquicos, foi trsnsf>-tral.

O aludido magistrado proclamava p seu -prestígio, com a vitória plena, cfeõ seus desígnios