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do-se de automóvel para um local afastado da colónia, para; evitar a hospitalização.

O governador, assegurando-se dos propósitos do mencionado funcionário, que só tinham por fim vexá-lo e apoucá-lo no seu prestígio, no uso legítimo duma pror-rogativa inerente ao cargo que exercia, mandou à. medicina para quo atestasse do seu estado de saúde, e, nesta conformidade, os encarregados do exame declararam que o delegado tinha 37° de febre.

Contra este recurso audacioso se rebelou o espírito da autoridade agravada, que se apressou a comunicar telegráfica-montô ao Ministro das Colónias o sucedido, salientando que não o considerava - doente, e, por consequência, merecedor dum enérgico correctivo.

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Nada de subterfúgios nom do habilidades, pois que os factos não se mancham com a facilidade presumida, por mais talento que se possua, visto que a verdade há-de brilhar sempre, emquanto a justiça não desmereça no límpido espelho da consciência dos paladinos da liberdade.

A outras considerações de somenos valor não vale a pena responder, salvo o devida respeito por quem muito considero e prezo, mas pela falta de tempo, e mesmo porque elas foram somente o produto duns momentos de bom humor, que é nota sintomática em questões de tamanha seriedade.

Pode o Sr. Ministro fazer o que entender^

Podem as vozes alarmadas dos bons republicanos de 3- Tomé não perturbar, sequer, a serenidade do S. Ex.a e o eco que esses protestos tiveram nesta Câmara pela minha palavra, não serem ouvidos com a devida atenção.

Nesse caso terei a franqueza de o declarar : será um péssimo serviço prestado à República por S. Ex.a o Ministro, por-

Diàrio da Câmara dos Deputados

que é o triunfo assustador da reacção, sobre os paladinos da Democracia.

Mas conte S. Ex.a com a minha energia indomável, com a minha mocidade que só sabe bater-se pela verdade e com a minha rebeldia, que é sempre aguerrida e forte, quando só trata da defesa da República e da sua alta moralidade agravada.

Tenho dito.

O Sr. Ministro das Colónias (Ferreira da Rocha) :—Sr. Presidente : em resposta breve às considerações do ilustro De-puíado Sr. Orlando Marcai, porque V. Ex.a me pede que seja breve e porque o assunto devia ser tratado numa interpelação, e não em uma simples pregunta antes da ordem dia, eu declaro a S. Ex.a que eu não disse que ele havia tratado do assunto por acinte ou oposicionismo, e quo nem sequer afirmei que S. Ex.a pretendeu levantar nesta Câmara uma questão desta natureza por mero intuito oposicionista.

Referi-me duma maneira geral aos telegramas que das colónias chegam constan-temente, quer ao meu Ministério, quer aos Srs. Deputados, umas vezes assinados, outras firmados por pseudónimos ou em nome de comissões o ti associações, que não correspondem, de facto, a nenhuma organização existente, ou que também muitas vezes não correspondam à vontade da maioria dos seus sócios; e se realmente eu afirmei que S. Ex.a tinha lido um telegrama de S. Tomé, foi porque, não estando presente na sessão anterior àquela em que S, Ex.a tratou da questão, pelo • próprio Sr. Deputado me'foi mostrado o telegrama no dia seguinte, que eu supus que S. Ex.a tivesse lido para basear as suas considerações.

Este ponto, porém, já está esclarecido.

Fez S. Ex.a somente uma pregunta concreta : «quais os motivos porque substituí o Sr. Coronel Velez, no cargo de governador, pelo Sr. Capitão-tenente Eduardo Lemos».