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Sess&o de 9 de Nçvembro de 1920

seu, em determinada época, a esses cavalheiros, eles não teriam a vida que têm e jamais poderiam proferir palavras contra o Governo do seu país, contra as instituições que salvaram as suas vidas e a das suas famílias, como ainda a de tantas criaturas que lhes haviam confiado os seus dinheiros.

Kevolta-me! E liei-de revoltar-me sempre contra todos aqueles cavalheiros que na República têm sido tratados qom carinho e talvez —£ porque não empregar a palavra?— com amor a que não têm correspondido. (Apoiados).

São forças vivas para dizerem mal da República e que até muitas vezes não respeitaram o Chefe do Estado.

São forças vivas só para terem palavras de agravo contra o Estado, porque até, a propósito do consortium bancário, eles injuriaram a República em documen toS' que enviaram para o estrangeiro.

Não sei isto como Ministro porque en-•tão não o dizia.

& Porque procediam assim ? Porque não lhes convinha o consortium.

Mas alguns dias depois dele efectuado já lhes conveio para fazerem as mais ne-íandas das especulações.

E assim que vemos esses cavalheiros permitirem-se desacreditar o Estado.

Confrange-me que o Sr. Ministro das Finanças não os chicoteasse, naquele sentido em que este termo ó compreendido, e não lhes fizesse sentir que, se nesta hora lhes assiste competência financeira, ao Estado o devem.

Contribuírem eles para ò descrédito do Estado e dizerem, porque durante seis meses ficam mais desafogados, havemos de pôr-lhe a pata em cima, isso não j Não! (Apoiados).

Afundemo nos, embora, mas com dignidade e não atascados em lama.

j A casa Nápoles! Lá está o Carvalhi-nho, emprego o diminuítivo não por depreciação, mas sim, por ser assim conhe>-cido na Praça o indivíduo a que aludo. j Quanta especulação nUo foz osso homem que é inteligente, embora pára beneficiar o Banco Ultramarino e a-Empresa da Navegação ! j Quantas altas e quantas baixas provocou para espeenlasy levando muita gente à ruína !

r Quanto dinheiro Glo fez desviar dons-gócios ma'> necessários!

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Sr. Presidente: acho elevada á comissão, menos pelo que ela representa como comissão, do que pelo descrédito que atrás dela vem.

Chegam a dizer — e confrange-me que o Sr. Ministro tivesse relatado isto— que é necessário 5 por cento para pagar várias cousas.

^Que cousas são?

£ E comprar o contrôleúr ou os homens que têm o carvão?

Num momento em que também se pretendia negociar sobre carvões, eu tratei de conhecer qual era o modo de ser do mercado de Londres c preguntei como se adquiriam carvões, qual ò sistema adoptado pelo Governo Inglês. Quem me prestou os necessários esclarecimentos, porque pessoa do seu conhecimento íntimo e que é eminente pelos seus serviços à República, pelo seu saber, os tinha também adquirido, informou-me de que o Governo Inglês determinava o quantitativo relativamente à tonelagem que se podia exportar para o estrangeiro.

Sendo Lisboa um porto de escala e tendo nós. uma frota relativamente importante, bastante conviria a existência dum depósito de carvão para abastecimento da navegação nacional e estrangeira. Disto resultaria para o País uma vantagem económica que desnecessário se torna encarecer.

Mas, dizia eu, ^Sr. Presidente, quê o Governo Inglês determinava a tonelagem e todos os países podiam importar do Inglaterra a quantidad^ de carvão que quisessem, dentro, é claro, do limite estabelecido. Se assim é, e porque me dizem que a entidade, que ó de categoria, quê ó Governo Inglês pôs à testa dos serviços de exportação de carvão ó pessoa da maior respeitabilidade, se várias casas têm trazido carvão para Portugal sem dar gor-geta —passe o termo— sem suborno, o Governo não pode estar a malsinar ou a deixar que malsinem êsso alto funcionar rio inglês. (Apoiados). Já em. tempo se leram aqui documentos em que sê âizia que o Govêrnó.JPortuguês ou Ministros de

Portugal tinham õriíXádo. .êiJu Lraíisuu^OcS