O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14

dos republicanos, em que ele concretizou toda a nossa fé no derruir da tirania que tripudiava sobre ô" país ? !

^Acaso já sé esqueceu o Calamitoso tenipo em que os republicanos eram íe-rozméíite perseguidos, è a cabeça de Álvaro de Castro posta a prémio ? £ Pois o que sucede? Que alguns dos perseguidores já têm foros de excelentes republicanos e o ar. Álvaro de Castro, elo, o .republicano duiiia só fé e dum só rosto, (Apoiados), ele que os perseguidores desse tenipo, ostensivos oii disfarçados, encontraram sempre pela frente para os com-baier denodadamente, ele é que é o réprobo! (Apoiados).

Como vão longe esses tempos, que tam próximo deveriam estar na nossa memória e tam longe parece andarem para o nosso desvario! (Apoiados).

Sr. Presidente : nós, membros do grupo republicano dissidente, mantér-noshemos fieis ao .glorioso programa do Partido Republicano Português.

Com todo o nosso esforço, toda a nossa inteligência, com toda a possibilidade da nossa acção, procuraremos sempre e através de tudo fazer a propaganda desses princípios. Como um só homem, como utii bloco do mais puro aço, atravez do quaisquer vicissitudes, sejam quais forem os obstáculos, defenderemos sempre os puros ideais da Democracia, simplesmente discordando dos processos políticos, das formas de solução é apreciação dás questões que os dirigentes do Partido Repiu blicano Português têm entendido d^ever seguir; esses processos naó os perfilharemos mais.

iTaço, todavia, à possível sinceridade desses homens aquela mesma justiça que exijo que eles próprios façam à sinceridade cpm que o grupo em cujo nome tenho ã honra de Mar enveredou pdr este caminho.

Sr. Presidente: nestes termos continuaremos trabalhando como sempre, e entre nós há velhos combatentes da República, por este altíssimo ideal, procurando servi-la e conduzir a Pátria pola senda ampla- do progresso e de todas as prtísperi-dades.

Ao Governo que hoje se apresenta a ocupar as cadeiras do Poder presto as minhas homenagens. Não, èlé evidentemente aquele Governo quê o Grúp'o Re-

Diârio da Camará dos Deputaãui

publicáno Dissidente^ desejaria ver nas cadeiras do Poder. Êsso seria evidentemente um Governo de concentração geral republicana, mas, Sr. Presidente, pelas altas e ilustres figuras de republicanos que o cornpõefri não podemos nós deixar de confiar na acção produtiva e prd-veitosa pára a Pátria e para a República que esse Governo vai exercer. Assim, daqui lhe oferecemos muito lealmente, muito devotadarnorite, todo o nosso apoio, toda a acção do que precisar para cumprir e executar a sua obra. Tenho dito.

O Sr. Augusto Dias da Silva:—Sr. Presidente : está ernfim organizado aquele Governo forte, aquele Governo enérgico sem o qual. segundo afirmações feitas nesta casa do Parlamento polo Partido Republicano Popular, sem o qual, repito, era inteiramente impossível governar. Antes assim.

O que, porém, me causou admiração foi que o Partido Reconstituinte fosse tam tonificante, tam enérgico, tam forte, que conseguisse como que amenizar os nervos por vezes talvez excessivos do Partido Republicano Popular quuudo sentado naquelas cadeiras.

Sr. Presidente: se a muitos esta união podo parecer estranha, a mim, depois daquilo tudo a que me sido dado assistir nesta barafunda política, surpresa alguma me causou, mas devo no entanto dizer que o Governo, de facto, é constituído por homens públicos do meu país aos quais me liga a mais profunda simpatia. Refiro-me em. primeiro lugar ao Sr. Álvaro de Castro, que jamais poderei esquecer que foi o chefe do movimento emancipador, esse movimento que levou os republicanos a sacudirem duma vez para sempre o dezembrismo desta malfadada terra.

Deste GovOrno faz parte também o Sr. Cunha Liai, nosso colega nesse mesmo movimento, a cujas qualidades de inteligência todos temos de prestar homenagem.