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Transferia-se o comício para uma propriedade murada, inas da mesma forma a polícia não permitiu o comício.

Sr. Presidente: eu não sei se 4 este o critério que o Governo vai dar ao direito de reunião de todos os cidadãos, e preciso sabe Io; e, nesta ordem de ideas, nós, Socialistas, precisamos saber o que pensa o Governo a propósito da greve ferroviária, o ojie pensa sobre liberdade de reunião e o que pensa sobre -os Bairros •Sociais. Já foram decretados 10:000 con* tos 'e a Caixa Geral de Depósitos, que já deu duas prostrações, nega-se a dar mais, dizendo que o Estado lho leva todas as disponibilidades. Será também má vontade ? A -Caixa, diz-se, vai fazer «m bairro por sua conta, em Belém.

$os precisâ-iuQS sabtT 'o que pensa o Governo da continuação desses trabalhos.

Por emquanto é o quo desejo saber, e •esmero resposta do Governo.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador , quando restituir, revistas, as notas taguigráficas que lhe foram enfiadas.

O Sr. António Maria da Silva : — Sr,

Presidente: acaba de se apresentar nesta casa do Congresso da liepúbliea q uovõ Ministério da presidência do Sr. Álvaro de Castro, a cujos serviços mais duma vez, e ainda hoje, se prestaram as mais fustas homenagens.

É o Governo constituído por pessoas a Cíijo sentimento republicano e a cujo patriotismo o Partido Republicano Português nada tem a opor.

Posto isto, torna-se trecos sário, e por ur&a íbfma precisa-, qae se defina a íiti-tude do Partido Republicano Português perante £ste Governo.

É absolutamente necessário que 'este País 'entre na normalidade ^ se façam as cousas mais momentosas sob o ponto 'de vista económico, financeiro e até social.

da, GârnarQ dos Deputados

Mas, -para quo isto se -possa iV/er, é iiecessârío ;que h'-aja tun convencimento político oút-re os parlamentares 'desta Câmara e da outra, quo completa o Poder líGgislaíivo, --e 'os membros do Poder Executivo. É preciso que esse convencimento se eíectiv-e.

O programa governamental não -«atis*-faz porque nada 'define concr-etamente.

Há uma circunstância muitp pàr.a ponderar e que precisa ser esclarecida: áfir-mou-se que, quando da posse do actual Governo, foram proferidas palavras que não devem passar em julgado, atendendo à interpretação quo podem ter. Essas palavras, que parte da imprensa reproduziu, precisam, repito, um esclarecimento completo e absoluto por parte do Governo, visto que as considero de gravidade.

Mas, Sr. Presidente, o Governo, pela forma como está constituído, não obedece às condições constitucionais e parlamentares, que eram naturalmente exigidas em qualquer momento e, na hora presente, absolutamente indispensáveis.

São estas as palavras de que o Partido Republicano Portagux-s -usa paru jvccbor o Governo da presidência do Sr. Álvaro de' Castro, afirmando-lhe que está H u ma oposição franca e aberta, sem que, contudo, perca o respeito que deve à República e ao País.

O orador 'não reviu.

O Sr. Fernandes £osta : — Sr. Presidente: é esta a primeira vez, depois que tenho a honra de ocupar um lugar sesta Oâraara, que me compete falar, e

Sr. Pro&idoiiíu : perante o 43í>vêrno que acaba de -apresentar- se a esta Câmara cumpre-me fazer algumas declarações em nome do Partido Republicano Liberal, que me as -minhas declarações. Não manifestarei a justificada estranheza que -no País causou â forma como o 'Governo se constituiu.