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Sessão de 24 e 25 de Novembro de 1920

O Sr. José Barbosa: — Sr. Presidente, ao encontrcir-me de novo na Câmara dos Deputados, é mou dover dirigir a V. Ex.:i e à Câmara as minhas saudações respeitosas.

Eu não pensava ter de intervir neste debate, mas quizeram os meus correligionários dar-me a honra da sua escolha para substituir nesto lugar de leader o Sr. Álvaro de Castro, durante o curto, curtíssimo para nós, prazo que S. Ex.il estiver no Poder Tive o especial empenho, aparecendo na Câmara há dias, em não intervir neste debate e continuar a vir aqui sem atirniar a posse duma situação que não tinha conquistado por nenhum direito, mas a que uponas me tinham chamado laços antigos do amizade e solidariedade de republicanos antigos quo muito prezo; porém, não pude deixar de usar da palavra, atendendo às afirmações que no debate se têm produzido.

Koalmente, tenho assistido a este dobate com a maior das surpresas. Eu sou um velho republicano, em cuja fé ninguém terá a audácia de pôr a menor reticência. (Apoiados). Sou daqueles que têm querido que a República seja a verdade que nós sonhámos e à verdade que ela tem de ser. Não acreditava, portanto, que os republicanos fossem capazes nesta hora de dor, de dúvida e quasi desesperança, de levantar aquela divisão que já fez/ a vida da República quási impossível. É certo que um conflito travado desde há muito entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo vem tornando quási impossível também à vida da República. Constatam no todos, e .disse-o eu também há muito, disse-o quando me sontava com honra entre <_3s que='que' unionistits='unionistits' de='de' afirmei='afirmei' meus='meus' tinha='tinha' uma='uma' quo='quo' impossível='impossível' forma='forma' bancadas='bancadas' situação='situação' dá.='dá.' se='se' essa='essa' era='era' corrigir-se='corrigir-se' sem='sem' dise-o='dise-o' previa='previa' etí='etí' camaradas='camaradas' a='a' e='e' vencido='vencido' apoiados.='apoiados.' dissolução='dissolução' parlamentarista='parlamentarista' quando='quando' reconhecendo-me='reconhecendo-me' naqlie-las='naqlie-las' p='p' eu='eu' na='na' aceitar='aceitar' dissolução.='dissolução.' presidencialista='presidencialista' agora='agora'>

Longos meses vem o Parlamento vivendo o dando do sij das suas entranhas, gov« rnos inviáveis. Ora o,n presunto só dentro desta situação um homem como é o Chefe do Estado poderá viver na impossibilidade de inventar uma maioria nesta casa e na fatalidade de entregar o Podo r ft auom a elo nào íeni direiíOo Era caso ,

para preguntar se a Constituição não deu, de facto, ao Sr. Presidente da República o direito de escolher os seus Ministros.

Escolheu-os, pois, S. Ex.a livremente, dando a sua presidência a um homem absolutamente republicano: o Sr. Álvaro de Castro. (Apoiados). Este Sr. desempenhou-se da missão de que foi incumbido como lhe foi possível, e eu, que tive dúvidas sobre a eficácia da solução que S. Ex.a tinha encontrado, verifico agora que realmente com. muito tino e acerto undou o Sr. Álvaro de Castro.

Um Governo constitui-se onde houver ideas, onde houver princípios. (Apoiados). Os homens são coisa insignificante na formação de uni Governo.

Evidentemente, não se podem escolher para constituir um Governo homens sem capacidade intelectual. (Apoiados)

Se eu visse levantar se ao Governo a acusação de que ha v a nas cadeiras do Poder homens que não, deviam ter essa honra, diria que o Sr. Álvaro de Castro cometera um erro. Porém, não ouvi durante o debate acusação alguma de que se depreendesse que algum dos homens que estão no Poder não devesse ocupar esse lugar. (Apoiados). Pelo contrário, durante este debate verificou-se quê o Governo havia sido bem constituído. (Apoiados)

Apenas se frisou que o Governo hão contava com a maioria e que a maioria era necessária.

Houve quem se referisse nesta Câmara à constituição do governo do Sr. Clèmenceau. Assisti, porque nessa ocasião estava em França, à organização desse ministério. Falando com pessoa cuja mentalidade muito apreciava, acerca da constituição (ÍPsse ministério, tive ensejo de verificar como o nosso feitio ó de tal maneira diferente do feitio francês, pois diziam todos os homens públicos desse país que o ministério do Sr. Clèmenceau era na verdade constituído por homens do maior talento e por isso seria um governo para meses.

O ministério que estava no Poder tinha maioria, mas caiu para lhe suceder o Sr* Olomenceau. A maioria desaparecera e dentro da Câmara francesa ninguém sabia quem disporia doía.